Just Imagine

    Sabe como eu resumo um dia na University of Lincoln? UMA LOUCURA!
    Estávamos no final do ano, faltavam só três dias para o Natal e eu ainda tinha um trabalho para entregar, estava cursando jornalismo na cidade dos meus sonho, a tão bela Londres... Sou brasileira e meu nome é (SeuNome), tenho 19 anos e vim pra Inglaterra faz quase um ano, só para estudar. Aquele seria o meu último dia de aula do ano e meu último trabalho estava entregue.
    Já passavam das 21:00 quando sai em direção a meu apartamento, as ruas estavam escuras em alguns lugares e eu já estava me xingando mentalmente por ter demorado tanto no Starbucks, meu apartamento ainda ficava a umas seis quadras de onde eu estava, a noite estava muito fria e meu queixo tremia, fazendo meus dentes se chocarem e fazerem um barulhinho chato e bem alto. Estava acelerando o passo ao passar por um beco escuro, na tentativa de cortar caminho e chegar mais rápido em casa.
    Me distrai ao olhar para a tela de meu celular, quando vi estava jogada no chão e com a cabeça doendo.

XxXx: Me desculpa!! -Ouvi uma voz rouca bem perto- Me desculpa, me desculpa de verdade! Eu juro que... -Ele parou de falar do nada-

    Minha mente estava com um grande nó, depois de sua frase morrer, ouvi alguns gritinhos... Gritinhos de meninas é claro! E como gritavam!
   A pessoa não identificada saiu me puxando para onde eu não fazia ideia. Ele resmungava algo e eu não entendia nada!
   Só pude ver uma luz forte, como vários clarões, ele colocou suas mãos sobre meus olhos e me guiou para algum lugar, só tomei consciência de estar sendo levada para um carro quando fui "obrigada" a me sentar no banco. Levei minhas mãos aos olhos, tentando fazer aquele monte de luzinhas brilhantes cessarem, deu certo!
   Quando me senti segura de abrir meus olhos, encarei quem estava ao meu lado, dirigindo o carro. Ele tinhas os cabelos cacheados jogados para o lado e olhos possivelmente verdes, ou azuis... Não dava para ver tão bem, ele usava um grosso casaco de frio marrom claro, mantinha uma expressão seria ao dirigir e parecia totalmente imerso em seus pensamentos. Ele era simplesmente lindo, mas eu não podia estar ali!

Você: Quem é você e onde está me levando?! O que aconteceu naquele beco?! Me responda! -Você deixou seu lado "jornalista durona" comandar a situação-

    Ele desviou os olhos na estrada e te examinou por poucos segundos, franzindo a testa e voltando para a estrada.

XxXx: Não sabe quem eu sou? -Sua voz soou rouca e lenta, me arrepiei como nunca havia pensado antes-
Você: Deveria? -Ergui uma sobrancelha-
XxXx: Ér... -Ele me olhou novamente serio, examinou mais uma vez meu rosto e sorriu amigável- Claro que não, desculpa. Meu nome é Edward e eu estava passando no beco e você esbarrou em mim, caiu e bateu a cabeça, e eu... -Ele parecia pensar sobre algo realmente complexo- Eu estou te levando para um hospital, a batida foi forte.
Você: Claro que não! -Me espantei- Pode me deixar onde você achou e eu volto para casa sozinha! -Disse meio que no desespero, ninguém seria tão gentil assim e eu não me recordava muito se era BEM assim que tudo tinha acontecido-
Edward: Você está com medo de estar no carro de um desconhecido? -Ele me olhou risonho- Eu te levo para casa a pé.

    Assim que falou isso, o vi parando o carro enfrente a uma pizzaria. Tentei pensar em alguma desculpa, mas ele logo estava abrindo a porta do passageiro para eu passar. Sai e dei um meio sorriso, me afastei um pouco e olhei envolta, não estávamos longe, só eram mais oito quadras até minha casa... Olhei para o carro e me surpreendi com o que eu vi, eu deveria estar com a boca aberta, de certeza!
 
Você: Belo carro! -Elogiei sincera-
Edward: Obrigada. -Ele sorriu, mostrando as covinhas tão fofas que ele tinha, o que o tornava quase infantil- Pra onde fica a sua casa? -Ele pareceu só agora olhar para onde tinha estacionado, porém ele parecia procurar algo a mais-
Você: A umas oito quadras, pode deixar que eu sigo sozinha. -Sai andando, tentando equilibrar os dois livros que eu segurava, um sobre sociologia e "Cinquenta tons de cinza"-

    Estava já quase atravessando a rua quando sinto uma mão no meu ombro, olho para trás e lá está ele, só que agora com uma touca e um óculos escuro, aquilo me fez querer ri, o que ele estava fazendo de óculos escuros as quase 22:00?

Você: O que está fazendo? -Perguntei atravessando a rua, com ele no meu encalço-
Edward: Te levando para casa. -Sorri-

    Não discuti com ele, só segui caminho e ele foi me seguindo, dessa vez eu estava indo pelo caminho confiável, iluminado e com uma boa quantidade de pessoas. Não estava com medo dele.
    Edward me parecia uma pessoa gentil, mas estávamos em Londres e não se pode confiar em qualquer um. Sorri ao ver as decorações das lojas, Papais Noéis para todos os lados, muitas luzes e neve! Era bem triste saber que aquele seria o primeiro natal longe da minha família e totalmente sozinha em um país diferente. Estava novamente viajando nos meus pensamentos, até que vi Edward caminhando de costas para a rua e de frente para mim, sorrindo abertamente.

Edward: Então... Que livros são esses? -Ele apontou para os livros que eu levava-

    Mostrei os títulos e ele sorriu.

Edward: Já li esse. -Ele retirou "Cinquenta tons de cinza" de minhas mãos e o abriu na página que eu estava lendo- Hm... -Ele olhou para mim e sorriu, quase que malicioso- Por que você grifa esse tipo de trecho? -Ele me mostrou um trecho que eu grifei um trecho meio... hot! Ele me olhou rindo-


Você: Nada de mais. -Corei e puxei o livro de suas mãos-
Edward: Me conta algo sobre você? -Ele voltou ao meu lado, sorrindo-

    O caminho foi ele me fazendo algumas perguntas tipo, de onde eu sou, idade, o que mais gosto, o que menos gosto, gosto musical, bandas que eu curto e esse tipo de coisa... Ele também me disse que tinha 18 anos e iria completar 19 em breve, que não curtia muito ler, mas gostava de cantar, ele amava Ramones e era muito engraçado e é claro, um tanto malicioso.

Você: Seu nome é mesmo Edward? -Perguntei assim que ele parou de ri, de uma piada minha-
Edward: Aãnh? Por que? É claro que é! ... Qual mais seria? -Ele parou de ri na hora, me olhando assustado-
Você: -Risos- Calma! É que nesse seu colar -Apontei para o colar que estava em seu pescoço, para fora do casaco- Está escrito "Louis&Harold". -Sorri-
Edward: Aaah, é que... Louis é meu melhor amigo sabe? E ele me chama de Harold, não sei por que! -Ele coçou a nuca, meio nervoso-
Você: Aaah, entendi. -Menti na cara de pau-
Edward: Você é brasileira e não tem nenhum parente na cidade, ou no país... -Risos- Onde vai passar o Natal? -Ele voltou a me analisar com o olhar-

    Durante essa nossa conversa, ele tirou os óculos, finalmente vi que seus olhos eram realmente verdes e pareciam ter um brilho especial.

Você: Em casa, assistindo TV e comendo chocolate. -Respondo rindo de mim mesma, seria tão entediante!-
Edward: Hm... Sabe eu viajo muito e quase nunca consigo ficar em Londres com a família, mas esse ano vim passar o Natal aqui e bem... Minha mãe está preparando um grande jantar e tal e eu não tenho ninguém para levar ... Você poderia me acompanhar... Talvez ...(?) -Ele estava meio corado- Melhor do que engordar possíveis três quilos em uma noite. -Ele tentou quebrar a tensão com uma piadinha-
Você: Tá chamando de gorda? -Fiz cara de raiva-
Edward: Não foi isso que eu quis dizer! -Ele arregalou os olhos, como se estivesse assustado- E-eu s-s-só disse qu-que...

      Eu o interrompi, com uma risada, afinal o garoto estava a um passo de um ataque cardíaco, dei uma risada tão alta e ele me olhou como se falasse "qual é o teu problema?!". Edward era um fofo, realmente foi muita sorte eu ter topado com ele.

Edward: Então... Aceita? -Ele agora tinha um sorriso tímido nos lábios-
Você: O que? -Olhei para ele confusa-
Edward: Passar o natal comigo... Não! Quer disser, com a minha família! Ér... -Ele estava incrivelmente sem jeito e com as bochechas rosadas, ele estava lindo-
Você: Aceito, mas sua família não vai achar ruim? Porque bem, eu sou uma "desconhecida". -Abri aspas com os dedos-
Edward: Claro que não! Minha mãe já está acostumada com minhas namoradas indo lá em casa. -Ele respondeu meio distraído- Ela vai gostar de você, tenho certeza.
Você: Mas o senhor conquistador -Risos- Eu não sou sua namorada. -O olhei corar ferozmente e aguentei a vontade de ri-
Edward: Eu não quis disser isso!!! -Ele estava novamente a beira de um colapso-
Você: Ei' relaxa! -Sorri- Eu gosto de te ver corar, é fofo. -Vi que ele estava sorrindo para o chão, sorri também-

     Foi tão estranho quando avistei minha casa, era como se eu não quisesse deixa-lo ir, a ideia de entrar em casa e fechar a porta para ele me incomodava insanamente. Vi o sorriso tão lindo que ele levava se desmanchar quando paramos em frente ao condomínio.

Você: Não quer entrar? A gente pode conversar mais, talvez ver um filme. -Meu cérebro tentava bolar uma boa desculpa para não deixa-lo ir-
Edward: Eu adoraria, mas está tarde. -Ele me olhou com certa tristeza- Vou pegar um táxi para casa e amanha cedo vou pegar meu carro... Mas está tudo certo pro Natal, né? -Ele voltou a sorrir-
Você: Claro, mas onde é sua casa?
Edward: Me passa seu número que eu venho te pegar. -Sorri-
Você: Hm... Ok. -Você disse o número para ele- Tem certeza que não quer entrar? -Tentei não parecer tão desesperada quanto estava-
Edward: Desculpa eu queria mesmo, mas não vai dar... -Ele olhou para a frente do prédio- Mas eu prometo que um dia venho passar a tarde com você! -Sorri-
Você: Promessa é divida. -Dei risada e também me voltei pro prédio- Hm... Tchau Edward. -Me voltei para ele, pra me despedir-

     Pode parecer idiota, eu sei, mas me virei junto com ele e acabou no obvio, demos um selinho. Nós arregalamos os olhos e foi de certa forma engraçado, os dois com os olhos arregalados e com feição de susto, mas com os lábios grudados.
    Quando percebi que aquilo estava ficando estranho, mais que o normal, tratei de me afastar.

Você: Me desculpe, foi sem querer. -Dessa fez quem corou foi eu-
Edward: N-não, tudo bem. -Ele coçou a nuca- Tchau (SeuApelido), te mando uma mensagem com a hora que vou vir de pegar.

     Ele saiu, andando apressado e meio desatento. Eu o vi virar a rua, porém não tirava o olhar da esquina... Por que aquilo tinha acontecido?! Eu mal o conhecia, iria a festa de Natal da família dele como sua acompanhante e dei um selinho acidental nele! O que ele vai pensar de mim?!

*Harry ON*

    ELA É PERFEITA! P-E-R-F-E-I-T-A! Sei que não a conheço, sei que isso parece loucura, mas desde que topei com ela... Cara' ela tá dominando minha mente de um jeito que nem eu entendo! Será milagre natalino? Ou praga da senhora Anne? Porque vamos deixar claro, nunca me apaixonei de verdade e nem sei se estou apaixonado, mas ela é tão... Minha!
    Acabei de achar a senhora Styles!

    #TRÊS DIAS DEPOIS (24 DE DEZEMBRO)

    Hoje é o aniversario do Lou, já o parabenizei. Esses dias foram loucos!
    Eu liguei para a (SeuNome), mas não disse que bem... Que meu nome era Harry Styles, que eu fazia parte da maior boyband da atualidade e nem que as nossas fotos estavam espalhadas pelo mundo.(SeuNome) é estudante de jornalismo e se recusa a ler qualquer artigo de fofoca, o que me ajudou, mas eu sei que mais cedo ou mais tarde ela vai descobrir e ai ... Bem, ai eu não sei.
    Nesses últimos dias eu estava estressado, todos queriam saber quem era a menina das fotos, eu queria vê-la, mas estava com a agenda lotada e para piorar tudo estava começando a me assustar com minhas próprias atitudes. Hoje pela manha fui o primeiro a acordar, eu mesmo fui limpar meu quarto e a cozinha, também fui cuidar do jardim e terminei antes do meio dia. Minha mãe estava rindo de algo quando cheguei a cozinha, ate que ela me viu cheio de galhos no cabelo e parou de ri na hora, mas recomeçou a gargalhar novamente.

Harry: Não estou achando graça mãe!!  -Fiz uma careta- Como vou deixar a (SeuNome) me ver nesse estado? -Fiz a pergunta que acabou de rodear minha mente-
Anne: -Risos- Ai, ai meu bebê apaixonado! -Sorri- O que estava aprontando?
Harry: Estava arrumando a casa! -Ela me olhou com espanto- É que a (SeuNome) tem que ter uma boa impressão, entende? -Expliquei-
Anne: Aaaah, claro. Mas que horas ela chega?
Harry: Vou pegar ela em casa as 20:00 e ela vai ficar aqui... Se eu der sorte ela queira dormir essa noite aqui, né? -Admito, parecia meio sonhador-
Anne: No quarto de hospedes!
Harry: Mãe! Ela não é desse tipo, é obvio que seria lá! -Revirei os olhos-

    Naquele dia eu ajudei minha mãe na cozinha, ajudei Gemma a arrumar a decoração pendente, mandei mensagens para Louis quase três vezes por hora e para os outros meninos também, mas minha mente não saia de uma pessoa: (SeuNome).

*Você ON*

     EU ESTOU ENLOUQUECENDO!
     Já eram 18:00 e eu não sabia o que usar! Como eu fui aceitar uma loucura dessa? Tudo bem que Edward era um cara maravilhoso e tudo mais, mas ir a uma festa familiar? O QUE EU TINHA NA CABEÇA???
     Depois dois mines ataques cardíacos, consegui me trocar e fazer a maquiagem, eu estava pronta. Agora só faltava esperar até as 20:00 e já eram 19:45.
     Ás 20:00 em ponto o interfone tocou, será que a pontualidade britânica é mesmo tão forte? Jonh (o porteiro) falou meio desconfiado que tinha um garoto me chamando, disse que seu nome era Edward, então eu sorri, falei que estava a caminho e desliguei o interfone. No elevador meu coração estava a mil, sei que é idiotice e tudo mais, porém eu estava contando com um milagre de Natal! Queria que tudo desse certo e que a sua família não me odiasse por ser "uma intrusa".

Edward: Nossa! Você está tão... Linda! -Ele me olhava dos pés a cabeça, com a boca entre aberta, quase em um sorriso-

    Ele estava muito bonito, seus cachos estavam tão bem arrumados que chegou a me deixar sem graça, o sorriso que ele abriu para mim foi um tanto inesquecível, as covinhas em sua bochecha pareceram tão tocáveis, seus lábios estavam rosados, como suas bochechas, os olhos verdes brilhavam de uma forma quase sobrenatural. Eu me lembraria daquilo para sempre.

Edward: Hm... Ainda tá ai (SeuNome)? -Ele balançava a mão direita em frente ao meu rosto, rindo de leve-

    Só naquele momento vi que ainda estava parada de frente para ele, que estava encostado na porta do carro, com cara de idiota e sem ainda ter falado nenhuma palavra.

Você: Ér... Você está muito... Muito lindo mesmo. -Disse meio sem graça-

    Ele apenas sorriu e me abraçou, totalmente de surpresa, e ele me apertava forte... Em meio ao abraço senti seu coração batendo forte, o meu deveria estar igual.

Edward: Eu senti sua falta. -Ele disse contra meu pescoço, onde seu rosto estava enterrado-
Você: -Sorri- Nos falamos por telefone ontem... -Disse sem quebrar o abraço, estava tão bom-
Edward: Mas não é a mesma coisa de te sentir assim tão perto, seu perfume, seu corpo colado no meu... -Ele me apertou ainda mais-

    Naquele momento eu vi o quanto estava perdidamente apaixonada por ele. Minhas bochechas coraram tão rapidamente que eu achei que ficariam roxas.

Edward: Bem... Vamos? -Ele se soltou de mim aos poucos-

    Juro que minha vontade era de agarra-lo bem aqui e o encher de beijos, mas bem... Não seria muito normal.

Você: Vamos. -Sorri sem jeito-

    O caminho foi de um silêncio agradável, nós apenas observávamos o caminho e algumas pessoas que olhavam o carro de boca aberta. Durante o caminho vi que tinha um carro preto nos seguindo e estranhei aquilo, mas as coisas ficaram piores quando eu vi o cara que estava sentado no banco do passageiro colocar uma câmera para forra do carro e a focalizar em nossa direção, fazendo alguns muitos flash's invadirem minha vista.

Edward: Isso não pode tá acontecendo! -Ouvi ele sussurrando com um pouco de raiva-
Você: O que tá acontecendo? -Levantei o vidro do carro rápido, para pelo menos os flash's não serem tão fortes- Por que tão tirando fotos da gente? -Eu olhava indignada para os homens do outro carro-
Edward: Apenas coloque isso! -Ele disse quando paramos em um farol-

    Ele pegou no banco de trás um casaco preto, que quando o coloquei ficou quase na altura do vestido, e um óculos escuro. Eu queria gritar com ele e faze-lo me explicar o que estava acontecendo, mas não era hora para aquilo, então apenas fiz o que ele mandou.
   O resto do caminho foi com o tal carro preto seguindo a gente, Edward olhando mortalmente pelo retrovisor e eu tentando entender o que se passava.
 
Edward: Me desculpe por isso. -Ele disse ao estacionar o carro- Me desculpe de verdade.

   Apenas sorri tranquilizadora, ele parecia não ter culpa de nada. Ele saiu do carro, deu a volta e parou ao meu lado, abrindo a porta para mim.

Edward: Tente não levar a sério nada do que minha mãe falar, por favor. Ela poder ser um tanto... Exagerada. -Ele parecia tímido, o que só piorou quando o tal carro preto parou no outro lado da rua- Vamos princesa? -Ele perguntou de forma engraçada-

    Só entrelacei meus dedos nos seus, foi uma coisa espontânea, mas que parecia certa no momento. Nós andamos até a porta de mãos dadas e ele exibindo um sorriso bobo e incrivelmente lindo.

Edward: Bem vinda ao meu lar. -Ele disse ao abrir a porta-

    A primeira coisa que notei foi o quanto a casa era aconchegadora, por fora era grande, e formal, por dentro era grande, mas muito família. Sorri ao ver a linda bebê que estava no sofá, vendo Bob Esponja.

Edward: Lux!!! -Os olhos dele chegaram a brilhar- Minha princesinha tão linda! -Ele foi até ela, a pegando no colo e a girando, enquanto ela ria da maneira mais fofa possível- Não sabia que a Lou ia chegar tão rápido. -Ele disse mais para si mesmo, logo olhando para mim, que estava parada na porta- Me desculpa (SeuApelido), entra! -Sorri-

    Entrei meio que desconfortável, estava me sentindo tensa, e ver o quanto ele parecia integrado a tudo ali me deixava mais sem graça ainda.

Edward: Relaxa! -Ele ainda mantem o sorriso- Pode colocar o casaco ali. -Ele aponta para um armário perto da porta, onde abro e vejo muitos casacos lá dentro- Essa é a Lux! -Ele vem com  linda bebê em minha direção- Ela é filha da Lou a nossa... -Ele para meio confuso- Hm... De uma amiga. -Ele sorri sem graça-
Você: Ela é linda. -Você da um beijo na bochecha da Lux, que solta mais uma risada-
Lux: Tio Rely! -Ela dá um tapinha na testa de Edward, sorrindo bobamente-
Você: Aãnh?

     Você olha confusa para ele, que parecia instantaneamente mais nervoso. Naquele mesmo momento, uma linda mulher desce as escadas sorrindo simpática.

XxXx: Oi Harry! Trouxe uma acompanhante esse ano? -Ela sorria fofa-

     Com aquilo eu só pode olha-lo incrédula. O que diabos estava acontecendo ali?!

Lux: Hely!!! -Ela se mexia no colo do Edward... ou Harry... Cara' eu não sei!-
XxXx: Oi querida! -A moça sorriu para mim- Sou Lou, a maquiadora do Harry e dos meninos. Melhor eu me apresentar, já que o Harold parece que engliu a língua. -Risos- Essa é a Lux, minha filha.

     Ali você já tinha entendido a história! O nome dele não era Edward! Era Harold, como estava em seu colar! Harold ou Harry! Mas... Por que ele estava mentindo? A raiva estava a consumindo, ele estava olhando estático para mim, enquanto Lou e a Lux nos encaravam.

Harry: Eu... Eu posso explicar! -Ele finalmente reagiu, só que de um jeito meio louco-

    Ele estava soando frio e com os olhos arregalados, enquanto suas mãos iam de um lado ao outro, tentando demonstrar algo.

Lou: Hm... Melhor eu e a Lux irmos para a cozinha, isso tá muito estranho. -Ela pega Lux e sai da sala-

    Ele ainda me olhava assustado, minha vontade era de lhe dar um tapa naquele lindo rostinho e deixar a marca de meus cinco dedos ali, para ele nunca mais ousar mentir para mim novamente.

Harry: Ér... M-me-meu nome é Harry, Harry Edward Styles. -Ele respirou fundo- Faço parte de uma banda, One Direction e estou perdidamente apaixonado por você.

    Tá, agora sim o meu mundo caiu! Ele mentiu mesmo para mim, ele faz parte de uma banda e está apaixonado por... MIM??????? Olhei para ele em choque. Harry parecia não ter coragem para me olhar nos olhos, já que encarava o all star branco com se fosse algo interessante.
    Eu queria sair correndo daquela casa, eu tinha que pensar e pensar bem no que tava acontecendo.
    Não olhei para ele, só sai da casa batendo a porta, sem nem me preocupar se estava sendo idiota ou infantil, afinal o mentiroso ali era ele!
    Minha casa ficava longe, mas fiz a questão de ir a pé e sozinha, caminhando devagar. Ele não se atreveu a me seguir, mas meu celular não parava de tocar, e era sempre ele.
    Quando avistei minha casa, logo fui capaz de ver um carro preto estacionado enfrente, aquele carro, o carro dele. Parei na esquina e fiquei observando, tentando achar um jeito de entrar na casa sem precisar falar com Harry. Enquanto fazia isso, vi ele saindo do carro e se encostando na porta, com o celular em mãos... Logo meu bolço tremeu e a musiquinha de Natal começou a tocar, uma música que eu colocava todos os anos. Suspirei e vi que ele não sairia dali sem falar comigo, então caminhei para a minha casa, calmamente.

Harry: Me desculpa! Eu ia te contar, mas achei que não ia mais querer nada comigo quando soubesse! -Ele vinha me seguindo até a porta, mas eu não olhava para ele- Eu queria te contar na hora certa, quando você conhecesse minha família, quando te desse meu presente de Natal! -Agora sua voz estava quase desesperada-

     A porta não queria abrir e aquilo estava me deixando louca, o perfume dele era forte e ele estava falando praticamente tudo o que eu queria ouvir, ele tinha se explicado, mas eu estava nervosa de mais para dar o braço a torcer. Eu estava longe da minha família, eu estava confusa, mas a vontade era de passar aquela noite de Natal agarrada com ele.
     Para "piorar" tudo, virando a esquina vinha um daqueles grupos que cantavam de casa em casa. Eles já estava cantando e trazendo velas nas mãos, todos com um sorriso gigante no rosto. Pararam de frente a minha porta, Harry olhou para eles sorrindo e eu tentei fazer o mesmo, mas desconfio que não deu certo.
     Um dos meus vizinhos, que eu não sabia ainda o nome, que acompanhava o grupo sorriu para nós e continuou comandando a tudo aquilo. A música estava me dando nos nervos de tão linda, eles cantavam tão bem que estava tirando minha raiva, coisa que eu não queria.

Harry: Pelo menos abre meu presente de Natal! -Ele insistia-
Você: Edward! -Gritei, graças a isso as pessoas do coral pararam- Você me deixa perdidamente apaixonada por você, com uma mentira sem fim, me leva para conhecer sua família e logo após quebra meu coração em tribilhoções de pedaços! Espera mesmo que eu acra seu presente de Natal?! -A pergunta era retorica, mas acho que ele não entendeu isso-
Harry: Sim. -Ele sorriu, como ele ouça sorrir naquele momento?!-

     Só peguei o pacote que estava em sua mão, puxando com força. Ele não parava de sorrir e isso estava me irritando, abri o papel de presente e me surpreendi com uma linda corrente, onde havia gravada na parte de trás o nome dele, o verdadeiro nome dele, Harry.
     Olhei para ele meio que com raiva e emocionada... O que ele estava fazendo comigo?!
     Harry sorriu e tirou de dentro de sua blusa um colar exatamente igual ao meu, mas quando ele o virou, estava escrito o meu nome ali. Naquele momento não aguentei, sorri para ele.

Harry: Eu ia mesmo contar a verdade (SeuNome). -Ele se aproximava mais um pouco- Eu fiz um pedido mês passado, pedi para que alguém especial entrasse em minha vida, pedi para que nesse Natal algo me tornasse melhor e mais feliz. -Ele acaricia minha mão e sorri- Eu te achei.

     Meus olhos estavam lagrimejando. Olhei em volta e vi o pessoal do coral olhando e sorrindo para nós, logo começando a cantar bem baixinho uma linda melodia natalina.

Harry: Nem por um minuto eu quis quebrar seu coração, mas muito antes o meu já estava ferido. Eu... Aaah, eu não sou tão bom com palavras, mas esse Natal eu queria receber um presente especial... -Ele falou com um sorriso bobo no rosto-

     Não acreditei naquilo! Era queria pedir algo?! COMO EU ESTOU AMANDO ESSE BOBÃO EM PLENO NATAL?????????
     Olhei para ele com ódio e virei as costas. Só pude ouvir ele falar rápido.

Harry: Vem ser meu presente de Natal!

     Assim que ouvi isso, me virei para ele, ao mesmo tempo que ele me puxou forte pelo braço, me dando o beijo mais mágico da minha vida!


    Acho que a magia do Natal existe... Talvez sonhos não sejam impossíveis ...

Harry: Agora para de ser difícil e vem pra ceia de Natal comigo? -Ele pergunta com a boca colada a minha-