quarta-feira, 19 de novembro de 2014
#Imagine1D com Louis Tomlinson
POV (SeuNome)
-Já estou indo! -Gritei pela quarta vez, achando que ele pararia de apertar a buzina, mas é claro que estava enganada- JÁ DISSE QUE ESTOU INDO LOUIS! -Berrei descendo as escadas, quase caindo no penúltimo degrau- Desgraçado! -Praguejei arrumando meus cabelos com os dedos, tentando deixa-lo pelo menos perto de estar arrumado.
-Olha a boca (SeuNome). -Ouvi a voz de minha mãe soar atrás de mim e me virei para encarar seu rosto risonho- Adoro quando é Louis a te levar para a escola. É sempre engraçado.
"VAMOS LOGO!", ouvi a voz estridente de Louis e logo após o som da buzina novamente sendo pressionada com força e persistência.
-Já está com o cartão? -Ela perguntou olhando pela janela, acenando e sorrindo para Louis.
-Já. -Assenti pegando uma maçã que ainda estava na mesa onde havia também partes do café da manhã da minha família- Tchau mãe. -Beijei sua bochecha e corri para a porta, a abrindo e ouvindo a comemoração de Louis, que se resumia em apertar a buzina e gritar loucamente, como o retardado que eu sabia que ele era.- Para com isso seu idiota! -Disse ao entrar no carro- Não é porque você é um desocupado que a vizinhança inteira é também! -Falei acertando um tapa em seu braço e fazendo-o olhar para mim com raiva.
-Para a sua informação eu trabalho. -Ele disse com toda aquela ironia típica- E a atrasada e sustentada pelos pais aqui é você queridinha.
-Você foi despedido ontem Tomlinson, portanto não tem mais emprego. -Revirei os olhos com desdém.Ele apenas deu de ombros e riu baixinho, eu sabia que no fundo ele achava graça sobre o barraco de ontem, quando ele mandou um cliente rabugento da loja de brinquedos ir a merda e o cara' foi para cima dele, na intenção de bater em Louis. Claro que o esperto do meu melhor amigo saiu correndo pela loja e no final tentou se defender com uma das espadas de brinquedo, daquelas brilhantes que o clube de xadrez insiste em dizer que é cool. Moral da história: Esse é o quinto emprego que Louis perde desde o início desse ano.
Fomos o caminho inteiro até a escola discutindo sobre a próxima vítima, ou chefe, que Louis arrumaria. Não que ele fosse tão terrível, na verdade Louis é o cara' mais amigável, simpático e bonito que já conheci, mas o problema é que ele é uma criança presa ao corpo de um "jovem adulto", como a sua mãe o chama.
Admito que no começo da nossa amizade, na quarta série, eu tinha um pouco de medo, já que ele desde aquela época era popular por toda a escola e tinha uma fama de ser encrenqueiro, porém não demorou muito para que eu notasse o quão fofo, carinhoso e um ótimo amigo ele pode ser.
-Acorda! -Fui acertada por um tapa do idiota ao meu lado- Já chegamos e você fica ai com esse olhar de peixe morto. Credo!
Okay, retiro tudo o que eu pensei. Louis Tomlinson é um escroto!
Desci do seu carro, que não era velho, mas também não era o modelo do ano, era na verdade o suficiente para um cara' de 18 anos que mora com a mãe e as irmãs. Depois de uma breve discussão sobre o meu olhar ser ou não igualado a de um peixe morto, seguimos rumo aos armários cumprimentando um ou outro que vinhe-se até nós.
-Hey' Louis! -Uma das líderes de torcida o chamou assim que chegamos ao corredor dos armários- Você foi maravilhoso no jogo do último sábado. Agora nos deixou a um passo de sermos campeões. -Ela disse arreganhando os dentes para ele, que como era de se esperar retribuiu.
-Obrigado Hannah! -Ele disse todo felizinho- No próximo jogo levaremos a taça, escreva isso.
-Não precisa, confio em você Louis. -Ela mordeu os lábios cobertos pelas camadas nojentas e exageradas de batom vermelho- Até o treino Lou.
-Até Hannah! -Ele respondeu ainda com aquele sorriso irritante nos lábios- Ela é uma fofa. -Louis disse se virando novamente para mim e logo alargando mais o seu sorriso ao notar a minha careta- O que houve sweetheart?
-Nada Lou. -Disse o apelido que Hannah o chamava com deboche, quase cuspindo as letras boca a fora- Odeio aquela garota. -Disse me virando para o meu armário e o abrindo.
Louis deu risada atrás de mim, mas ignorei totalmente o fato ao notar algo que estava ali, porém que não deveria estar. De novo...
Abri o envelope branco, com alguns corações vermelhos impressos ali, e me concentrei em ler a mensagem escrita em letras também impressas, só em que tinta preta.
"Desculpe se estou me tornando repetitivo em minhas cartas, se estou causando algum tipo de desconforto ou algo assim, mas eu não consigo me conter. Queria te dizer de uma vez quem sou, te abraçar e te beijar da forma que desejo desde que te vi, só que isso ainda não é possível. Você ainda não está pronta e eu entendo isso, não gosto, porém entendo.
Só estou lhe enviando isso para que saiba que está linda hoje, como sempre, e que para mim é uma benção poder te olhar todos os dias. Você é um anjo (SeuNome) e eu preciso que você tenha bem em mente isso.
Com todo o amor do mundo, T.A."
Assim que terminei de ler o que estava escrito olhei para Louis, que me encarava como se só por aquele olhar já tivesse entendido toda a situação, novamente.
-O que está escrito dessa vez? -Ele perguntou medindo cada pedacinho do meu rosto, provavelmente lendo minhas expressões mais discretas.
-Coisas bonitas. -Disse suspirando e dobrando o papel novamente, colocando no bolço da minha calça- Vamos para a sala?
-Vamos. -Ele respondeu um pouco baixo demais.
Enquanto íamos para a sala várias outras pessoas paravam para falar conosco, mas eu estava ocupada demais pensando em quem seria o tal T.A. que me enviava pelo menos duas mensagens por semana, e Louis parecia absorto demais em seus próprios pensamentos, o que me preocupava um pouco já que ele não era muito de ficar quieto e calado.
- No final do dia...
-É lindo filha! -Minha mãe dizia olhando deslumbrada para o vestido.
-Eu sei, ele é perfeito! -Falei também animada com o que via.
Agora, trancada em meu quarto mostrando tudo para minha mãe, havia valido a pena ter passado a tarde em um shopping entrando e saindo freneticamente de várias lojas a procura do vestido ideal.
-Você vai ao baile com quem? -Ela me perguntou enquanto colocava o vestido com calma e delicadeza dentro da sua devida caixa.
-Não faço a minima idéia. -Disse em um tom de derrota, me jogando na cama e suspirando alto- Eu fui convidada pelo Chris e pelo Joe, mas recusei com a desculpa de que não iria, agora não sei mais o que fazer.
-Por que recusou? -Mamãe perguntou confusa.
-Chris faz parte do time de futebol e eu sei que só me convidou para ter uma maior aproximação com Louis e quem sabe ser titular oficial, já o Joe é um amor de pessoa, mas Candy, a minha nova parceira em química é apaixonada por ele desde sempre e eu não quero entrar nessa história.
-Candy? Mas você não faz par com Louis em... tudo? -Ela parecia ainda mais perdida.
-Sim, mas ele está meio estranho ultimamente. Não que esteja me evitando ou sendo rude, só que eu sinto que tem algo que está entre nós e não consigo ver o que é. -Disse me recordando de algumas atitudes diferentes que Louis andava tendo.
-Talvez sejam as cartas... -Minha mãe também parecia pensativa.
-Como? -Ergui as sobrancelhas- Ele nem liga para as cartas, nem se preocupa em lê-las para tirar alguma conclusão sobre tudo isso, ele só pergunta por cima e sai do assunto. -Respondi frustada.
-Quem sabe ele pode estar sentindo ciúme do garoto que escreve as cartas, pensando que você pode entrar em um relacionamento sério de uma hora para outra e esquece-lo, sei lá.
-Acho que não. -Disse fixando o olhar em uma fotografia minha e de Louis, que estava entre as muitas que cobriam o pequeno mural em meu quarto- Eu nem considero a possibilidade de me envolver em um relacionamento sério, não quando estou apaixonada a mais de três anos pelo meu melhor amigo. -Suspirei e me virei para minha mãe, vendo seu sorriso calmo e compreensível.
-Não acha que deveria dizer para ele de uma vez o que sente? Jay me contou essa manhã que Louis se inscreveu naquele programa, The X-Factor. -Ela me media com algo parecido com pena.
-Ele comentou mesmo sobre isso. -Sorri triste- E eu sei como ele é talentoso, tenho certeza que vai conseguir e logo não vai nem se lembrar de mim, o que me faz ter mais certeza de que tenho que ficar calada. Eu e Louis somos só amigos.
-Você é quem sabe, mas eu ainda acho que ele sente o mesmo que você. -Ela sorriu- Desde que vocês eram pequenininhos ele parecia gostar de você mais que como amigo.
-Okay. -Revirei os olhos com deboche- Melhor esquecer isso.
-Não acha que deveria dizer para ele de uma vez o que sente? Jay me contou essa manhã que Louis se inscreveu naquele programa, The X-Factor. -Ela me media com algo parecido com pena.
-Ele comentou mesmo sobre isso. -Sorri triste- E eu sei como ele é talentoso, tenho certeza que vai conseguir e logo não vai nem se lembrar de mim, o que me faz ter mais certeza de que tenho que ficar calada. Eu e Louis somos só amigos.
-Você é quem sabe, mas eu ainda acho que ele sente o mesmo que você. -Ela sorriu- Desde que vocês eram pequenininhos ele parecia gostar de você mais que como amigo.
-Okay. -Revirei os olhos com deboche- Melhor esquecer isso.
- No dia seguinte...
"Não vou poder te levar a escola hoje, sinto muito. Nos vemos na primeira aula! - Louis Xx", li mais uma vez enquanto meu pai dirigia em silêncio o meu lado. Odiava esse silêncio matinal, gostava de já acordar criticando as ações erronias de Louis, preferia passar o caminho de vinte minutos gritando e reclamando, era sempre mais divertido.
-Chegamos. -Meu pai disse assim que o carro foi estacionado- Tenha uma boa aula.
Apenas sorri e sai do carro, caminhando calmamente pelo mesmo caminho de sempre, até os armários, já que estava com alguns minutos de vantagem.
-Hey' (SeuNome)! -Ouvi alguém me chamando e parei onde estava, buscando com o olhar quem havia dito aquilo- Aaah, oi! -Um garoto loiro dos olhos castanhos parou a minha frente, com as bochechas coradas e aparentemente nervoso- Está procurando Louis?
-Na verdade... não. -Disse estranhando aquele garoto a minha frente- Qual é o seu nome?
-Jordan. -Ele sorriu e ficou ainda mais vermelho, olhando para os lados e parecendo tomar coragem para fazer algo- Desculpe perguntar assim, sei que deve estar me achando estranho e ... cara' eu sou mesmo! -Ele atropelava as palavras e parecia que teria um ataque quando finalmente deixou as palavras saírem por seu lábios de contornos simples e aparentemente macios- Você e Louis namoram?
Olhei espantada para ele, que resmungou um xingamento a si mesmo assim que viu minha expressão. Estava tentando controlar meus sentimentos porque o que tinha vontade de fazer naquele momento era esconder meu rosto em qualquer lugar. Virei meu rosto e vi o que coroou a minha manhã de uma vez por todas.
Encostado em seu carro vermelho estava Louis, com Hannah a sua frente, os dois tão próximos que poderia jurar que se beijariam a qualquer momento. Senti meu coração pesando feito chumbo em meu peito e logo tratei de olhar para Jordan, buscando me entreter a sua conversa e esquecer da cena que se passava a alguns metros.
-Eu e Louis somos apenas amigos, todos sabem disso, por que está perguntando? -Questionei seca, talvez por ainda estar ferida em relação ao casal do outro lado do estacionamento da escola.
-Me desculpe! -O garoto pediu em tom de suplica, completamente vermelho e nervoso. Okay, eu não deveria estar sendo tão grossa- Eu só... Só... -Ele não conseguia falar.
-Só? -Estimulei ele a falar, tentando não parecer mais brava, no entanto minha mente gritava que eu tinha que sair logo dali porque a qualquer momento poderia começar a chorar- Pode falar, sem problemas.
O garoto suspirou e respirou fundo, prendendo uma grande quantidade de ar em seus pulmões por um tempo e o soltando junto com as palavras.
-Eu só queria que fosse ao baile comigo. -Jordan finalmente disse, parecendo ter tirado um grande peso das costas, porém ainda estava um pouco nervoso e eu via isso.
Fiquei sem reação por alguns segundos e quando estava pronta para dar uma desculpa, virei o rosto para onde estava Louis e Hannah e acabei vendo uma cena nada agradável. Os dois se beijavam com ardor, Hannah agarrada ao corpo de Louis como se estivesse morrendo e Louis com as mãos em sua cintura, enquanto as bocas se colidiam de uma forma nojenta, completamente vulgar e desesperada, como eu nunca imaginei que Louis beijaria uma garota.
-Claro. -Disse por impulso, olhando para os olhos castanhos a minha frente- Eu adoraria.
-Sério? -Os olhos se arregalaram em incredulidade e felicidade- Você aceitou mesmo?
-Sim. -Sorri somente com os lábios- Isso parece tão incrível por que?
-Nada é só que... nossa! -Ele sorriu largo e me abraçou no meio do estacionamento. Simples assim.
- Na hora do almoço...
Estava sentada a mesa com Candy, que era uma garota realmente legal. Estávamos comentado sobre o baile e ela me disse que foi convidada por Joe, o que me deixou bem feliz.
-Isso é ótimo! -Disse sorrindo.
-Eu sei! -Ela me olhou radiante- Ele é perfeito!
Sorri mais uma vez e foquei em terminar meu lanche, olhando em volta e encontrando um par de olhos azuis grudados a mim, do outro lado da cantina, sentado na mesma mesa de sempre, onde eu deveria estar.
-Por que você não está com Louis hoje? -Candy perguntou olhando de mim para Louis, notando nossa troca de olhares.
-Complicado. -Disse suspirando- Na verdade nem eu entendo.
-Acho que deveriam conversar. É estranho ver vocês separados e... -Ela se calou de repente, olhando para a mesma direção de segundos atrás.
-Bom dia sweetheart. -A voz reconhecível a quilômetros de distância soou bem próxima a mim- Bom dia Candy. -Ele completou se sentando a minha frente na mesa.
-Bom dia Louis. -Candy disse com um sorriso pequeno e logo se levantou- Vou falar com Joe e já volto.
Olhei Candy se afastar e senti meu coração se afundando mais em meu peito. Louis, o meu melhor amigo, estava bem ali na minha frente, me olhando com aqueles olhos azuis profundos e com aquele rosto angelical, onde geralmente estaria um sorriso estampado e sendo acompanhado pelas pequenas rugas ao lado dos olhos, mas o que eu via ali era uma expressão séria e fechada.
-Por que está fugindo de mim? -Ele perguntou tão direto quanto sempre, me fazendo lembrar que ele só tinha o rosto de anjo- Não pense em mentir ou omitir, eu quero a verdade.
-Não estou fugindo. -Neguei desviando o meu olhar do seu.
-Esta sim! -Sua mão direita tentou pegar a minha sobre a mesa, mas eu a afastei rapidamente- E está na defensiva! O que esta acontecendo porra?
-Nada está acontecendo! -Disse já brava, sentindo algo se formar em minha garganta, mas eu não podia soltar aquilo, simplesmente não podia- Para de ser paranoico Louis!
-Okay, eu estou louco e não conheço mais a minha melhor amiga, okay. -Ele disse desdenhoso como sempre- Vai ao baile?
-Vou. -Respondi com certeza e ele me olhou analítico, provavelmente estranhando porque eu nunca dava a certeza de fato- Jordan, o loiro do clube de teatro, me chamou e eu aceitei. -Conclui seca.
Seus olhos escureceram e a boca formou uma linha reta e dura, enquanto as sobrancelhas se arqueavam seu cenho era franzido, formando uma expressão que passava da raiva, beirando a perca total da razão e me deixando confusa com aquilo.
-Como assim aceitou? -A voz perigosamente controlada era um sinal claro e primário de sua irritação descomunal- Você nem conhece ele direito (SeuNome)! Aposto que nunca conversaram por mais de dez minutos, não sabe caralho nenhum sobre ele e esse babaca pode ser desde um aproveitador que quer tirar a sua virgindade até um assassino! -Ele rosnava as palavras com um ódio que eu até pensei em escuta-lo e dar atenção ao que ele falava, mas só revirei os olhos ao me lembrar da cena que ele mesmo protagonizou no estacionamento hoje mais cedo com uma biscate que o próprio mal conhecia o bastante.
-Não seja ridículo! -Disse com o tom de voz afetada pela raiva também- É exatamente para isso que vai servir o baile, para eu conhece-lo!
-Eu não acredito nisso... -Ele me olhou realmente incrédulo- Vai mesmo ir com ele? E o cara' das cartas?
Olhei para seus olhos confusa. O que ele estava falando?
-O que tem as cartas? -Arquei a sobrancelha direita- Ele nem mostra o rosto, como vou esperar por alguém assim?
Vi todo o azul de seus olhos virar quase preto bem na minha frente, de uma forma triste e assustadora que deixava o choro preso em minha garganta quase transbordar por todo o meu rosto.
-Faça a merda que quiser. -Ele disse se levantando e me dando as costas, saindo da cantina tão rápido que eu diria que estava quase correndo.
Olhei em volta e vi alguns olhares sobre mim, no entanto ignorei a todos e me levantei calmamente, deixando a minha bandeja no lugar certo e seguindo para fora daquele lugar, com a cabeça erguida até cruzar a porta de uma das cabines do banheiro feminino, onde eu desabei junto com todas as minhas lágrimas e dores.
-Eu te amo Louis. -Consegui dizer em meio aos fungados e soluços.
- Uma semana depois...
-Estou um pouco ansioso demais. -Jordan disse passando as mãos pelos cabelos pela quarta vez seguida, voltando a esfregar as palmas na sua calça jeans e leva-las novamente aos cabelos- Ainda parece surreal!
-Você mereceu isso, é tudo questão de receber aquilo pelo que lutou. -Disse sorrindo para ele e recebendo um dos seus sorrisos bonitos de volta, porém não pude evitar associar esse sorriso com o do meu, talvez, ex-melhor amigo, comparando em minha mente o que estava a minha frente e o que estava em meu coração.
-Obrigado mesmo (SeuNome). -Ele me abraçou pela cintura e eu coloquei meu rosto em seu ombro, fechando os olhos e aproveitando o abraço- Eu só sinto muito por não poder aproveitar mais da nossa amizade.
-Você vai fazer a sua tão sonhada faculdade fora do país, não tem que se preocupar com mais nada além disso. -Disse o apertando mais e sorrindo de leve- Mas também vou sentir a sua falta!
Abri meus olhos e a primeira coisa que encontrei foi o olhar duro de Louis fixado ao meu de uma forma que deixou minhas pernas bambas e eu agradeci a Deus por Jordan estar me segurando.
-Valeu mesmo! -Jordan me soltou e ficou ereto na minha frente novamente, tampando a visão de Louis- Me sinto um pouco bobo por ter tentado algo com você no final do ano. Tive tanto tempo e deixei para o final, agora quase não temos tempo!
-É mesmo. -Sorri sem graça, ainda aérea pela imagem de Louis- Agora eu tenho que ir buscar meu livro para a próxima aula.
-Quer que eu vá com você?
-Não, sem problemas mesmo. -Disse e beijei sua bochecha, me virado e indo para os armários.
Busquei por Louis pelos corredores, para somente olha-lo de longe e acalmar o desespero do meu coração, mas não o achei. Desde a ultima semana nós não nos falamos mais, ele tem me ignorado completamente, a não ser quanto me vê com Jordan, que é quando ele nos fuzila com um olhar mortal e eu tenho certeza que em sua mente ele está gritando todos os palavrões existentes. Ainda me sinto uma otária por admitir isso, mas baseio esse pensamento nos meus próprios modos, porque é exatamente assim que me sentia quando o via com Hannah, com vontade de mata-los. A diferença é que o meu ciúme era por ela poder tê-lo e eu não, o dele era por achar que estava perdendo uma amiga.
Abri o armário e vi algo com o qual já estava desacostumada. Nunca mais havia encontrado uma daquelas e ali estava mais uma, uma das cartas que eu não recebia a mais ou menos uma semana e alguns dias.
"Sentiu saudades? Eu sinto saudades todos os dias, acho que estou morrendo na sua frente e você não deve se importar mesmo com isso. Tudo bem, eu já disse que te entendo e não quero que pareça que estou exigindo algo, eu nunca faria isso com você. Quero te dar amor, cuidar de você e te fazer completamente feliz em estar ao meu lado, não preciso receber mais do que a sua permissão para isso. Me desculpe a pressa das palavras, mas o meu coração está se partindo e se eu não disser isso agora certamente enlouquecerei. Eu te amo e quero que seja minha.
Se você estiver pelo menos curiosa para saber quem é o covarde que te envia cartas a mais de seis meses, me encontre na entrada do ginásio, amanhã no baile, ás 11:00 p.m. Serei o com a rosa vermelha.
Com todo o amor do mundo, T.A."
Reli a cartinha pelo menos três vezes antes de entender o que ele estava dizendo ali. Procurei nunca me importar muito com quem me enviava essas cartas, sempre afastei o pensamento e só cheguei a falar sobre o assunto com Louis e com minha mãe, mas agora o caso é diferente. Ele quer mostrar quem é e eu posso ou não gostar de saber. Pode ser qualquer um, essas podem ser as verdadeiras iniciais dele e esses podem ser seus verdadeiros sentimentos, assim como tudo pode ser parte da mesma mentira.
Guardei o papel em meu bolço e peguei meu livro, indo para a sala. Assim que cheguei fui me sentar perto de Candy, mas todos os lugares estavam ocupados, restando somente um ao lado de Louis, onde eu me sentei encolhida e evitando olhar para qualquer lado. Aquela seria uma longa aula.
- No dia do baile...
-Você deve ir até a entrada na hora combinada e ver quem é! -Minha mãe dizia com um sorriso imenso no rosto- Logo após deve me ligar e contar tudo!
-Não acredito que está me aconselhando a isso! -Olhei incrédula para ela- Pode ser um assassino!
-Quando Louis te disse isso você o chamou de paranoico. -Ela revidou com um ar convencido.
Ai falar algo, mas só a pronuncia audível de seu nome me deixou sem reação. Será que ele iria com Hannah? Será que ele sente a saudade que eu sinto? Porque ontem ele estava tão distante durante toda a aula que eu juraria que estava devaneando sobre a paz mundial, mas sei que Louis Tomlinson tem pensamentos mais intensos do que isso e essa constatação é aterrorizante para mim. Eu realmente queria sentir que entendia tudo sobre Louis, como sentia a dias atrás.
-Odeio passar as tardes sem vocês. -Mamãe disse do nada, me distraindo tanto de meus pensamentos quanto da minha maquiagem quase finalizada.
-Como? -Perguntei confusa.
-Queria poder voltar a passar as tardes com você e Louis brigando na sala. Aquilo me divertia e Jay disse que Louis parece sentir saudades também. Ela disse que ele não tem saído muito e nem falado muito também.
Pensei em responder, mas as imagens de um Louis trancado no quarto com um fone de ouvido ou com algum livro não me parecia normal. Não o Louis que era acostumado a passar as tardes jogando bola e cantando debilmente no meu karaokê.
-O que quer que eu faça? -Me olhei no espelho arrumando meu cabelo- Eu já chorei, já tentei achar maneiras para me aproximar, já tentei não ligar... Não sei o que fazer e ele parece que não quer fazer nada a respeito. Não posso levar a nossa amizade nas costas, sem ele querer isso.
-Talvez ele não queira ficar só na amizade, já pensou nisso ao menos uma vez? -Ela parecia nervosa.
-Não, eu não pensei! Não pensei porque se caso ele quisesse algo comigo estaria me beijando e não a Hannah! -Soltei de uma vez só, virando para ela e vendo seu olhar espantado- Entendeu agora? A questão não é eu ir ou não ao baile com Jordan, e sim ele ficar se agarrando com quela líder de torcida com o sutiã de enchimento!
-Louis não faria isso. -Ela disse quase em um sussurro.
-Mas fez! -Gritei raivosa- Por que não acredita? Ele não é perfeito! Ele... ah droga!
Senti que lágrimas viriam, mas eu não podia permitir aquilo, não com o meu rosto perfeitamente coberto pela maquiagem bem feita e nem com o risco de me descabelar.
-Okay filha, calma. -Ela pediu e eu me acalmei um pouco mais- Eu só não consigo acreditar, mas tudo bem.
-É, tudo bem. -Suspirei e olhei em volta- O meu vestido está bom?
-Está linda. -Ela sorriu beijou a minha bochecha- Vai encontrar o garoto das cartas?
-Talvez. -Sorri simples, a abraçando.
Ela me abraçou de volta e aquilo duraria um bom tempo, se a campainha não houvesse tocado bem naquele momento.
-É o Jordan. -Disse com certeza.
-Melhor descermos então. -Ela completou.
- No baile...
Aquela era a minha quarta dose de ponche e eu posso jurar que batizaram isso, não tem outra explicação para eu estar sentindo como se os adolescentes da pista de dança sapateassem sobre a minha cabeça.
-Você parece não estar muito bem. -Jordan segurou em meus braços, impedindo que eu caísse enquanto tentava manter o ritmo da dança- Quer se sentar um pouco?
-Eu estou bem. -Falei me aproximando mais de seu ouvido, para que me ouvisse melhor- Só não sou costumada com isso, sabe? Muitas pessoas juntas, isso me incomoda.
-Então vá se sentar em uma das mesas, eu vou pegar algo sem álcool para você beber. -Ele me deu um beijo na bochecha e saiu em direção ao bar improvisado onde estavam dispostas as várias bebidas diferentes.
Fui abrindo caminho entre as pessoas e cheguei a mesa onde estavam sentados Joe e Candy, sorrindo e conversando animadamente. Me sentei e fiquei conversando com eles, que faziam um casal muito legal, até que Jordan chegou com um copo de refrigerante e nós começamos uma conversa sobre música.
Tudo estava bom, eu realmente gostava de todos eles, mas não estava nada da forma certa. Na minha mente eu criava especulações sobre quem seria o garoto das cartas a todo instante e quando não era isso eu simplesmente não conseguia parar de pensar por onde Louis estaria, já que ainda não tinha o visto em canto nenhum.
-Que horas são Joe? -Perguntei meio que do nada, me martirizando ao perceber o olhar confuso de Jordan sobre mim.
-10:40 p.m. por que? -Ele ergueu as sobrancelhas- Já quer ir para a casa?
-Não, não é isso. -Sorri um pouco sem jeito- Apenas perguntei. -Dei de ombros e fingi desinteresse- Acho que vou tomar um ar galera, eu já volto.
Me levantei e sai antes que Jordan se oferecesse a ir comigo. Assim que cheguei a entrada do local senti como se já estivesse um pouco mais livre da sensação ruim que me acompanhava desde que vi o maldito beijo de Louis e Hannah. O vento gélido estava me fazendo bem e isso era mesmo estranho, mas eu não conseguia me conter e logo meus olhos estavam fechados, aproveitando a sensação.
-O que houve? -Ouvi a voz atrás de mim e me virei rápido, com os olhos um pouco arregalados- Eu sei que não sou o Louis, mas você parecia estar bem.
-Como? -Olhei confusa para ele- O que tem Louis nessa história?
-Ele está em tudo (SeuNome), em tudo na sua vida tem o Louis e você sabe disso. -Jordan suspirou já cansado- No começo eu acreditei mesmo que vocês eram só amigos, mas cara'... é óbvio que são bem mais que isso e mesmo brigados é impossível negar.
-Você está criando coisas. Eu apenas precisei tomar um ar. -Disse já irritada com o rumo da conversa. O que ele queria? Colocar a culpa em mim por não conseguir ficar feliz longe do meu melhor amigo?
-Eu só estou apontando o que você já deve saber bem! -O seu tom de voz aumentou- Não dá para tentar construir algo com alguém quando essa pessoa já tem algo construído com outra pessoa. Você o ama e eu gosto de você, não aguento te ver fingindo estar bem ou fingindo que não se importa com o olhar dele sobre nós. Prefiro te ver com ele.
-O que quer dizer com isso? -Perguntei por impulso, claro que havia entendido o que ele disse.
-Que eu estou indo para casa agora e que amanhã vou pegar meu voo para Rússia, mas desejo tudo de bom para você e para o Louis, sei que ele é um cara' legal e que ele te ama também. Espero realmente que ele consiga te fazer feliz.
-Me desculpa. -Disse um tanto sem graça, afinal ele estava agindo de uma forma linda e eu não conseguia me sentir culpada por estar possivelmente o magoando, na verdade sentia como se mais um pouco de peso que estava em minhas costas fosse retirado.
Jordan só sorriu e saiu cainhando calmamente em direção ao seu carro, entrando e acenando para mim antes de dar partida e sumir da minha vista. Sei que isso não foi correto, me sinto um tanto perdida por ter deixado ele ir assim, logo ele que foi tão gentil desde o principio. Mas não iria engana-lo mais, já não basta eu ficar me enganando.
Olhei envolta procurando um sinal divino, qualquer um em que eu confiasse o suficiente para pedir uma carona, qualquer um que e dissesse as horas. Possivelmente já passou das 11:00 p.m. e tudo foi um trote.
-Oi?
Virei-me assustada, com um grito já entalado na garganta pronto para ser solto, quando me deparei com os mais perfeitos olhos azuis, os mesmos olhos que eu poderia observar para o resto de minha vida sem jamais desejar descansar, jamais fecharia os meus olhos para os seus.
Minha mente parecia ter parado para analisar o corpo bem encaixado no terno negro, a pele mais pálida que o normal, os lábios sendo massacrados pelos dentes enquanto ele os mordia nervosamente, me fitando de um modo que ele nunca tinha feito antes. Acho que meu corpo não seguiu a minha mente e continuou a fazer movimentos aleatórios, o que me fez tropeçar no meu próprio salto e quase cair aos seus pés, porém ele foi bem mais rápido e segurou meus braços, próximo aos cotovelos, me dando sustentação e me deixando com a face a centímetros da dele.
-Peguei. -Ele disse com um sorriso calmo nos lábios, bem diferente do que ele costumava me lançar constantemente a dias atrás.
-Obrigada. -Disse me embriagando no halito de menta que saia por entre seus lábios, me desvencilhando devagar de suas mãos quentes, sentindo como se ele estivesse levando todo o calor e conforto do meu corpo junto com seus toques.
Acho que ficamos tempo demais nos encarando porque quando finalmente despertei do transe que era olha-lo nos olhos já estava em uma distância considerável de seu corpo e o único contato entre nós ainda era o olhar.
-Está esperando alguém? -Ele perguntou olhando para os lados, parecendo procurar por algum sinal de vida, no entanto estavam apenas eu e ele ali e isso era claro, o que me fez pensar que ele apenas fugia do meu olhar.
-Na verdade... -Senti as pontas de meus dedos doerem e formigarem- Não, não estou esperando ninguém.
-Ah. -Ele suspirou derrotado.- Certeza? Porque são 11:02 p.m.
Arregalei meus olhos e senti o ar me fugindo dos pulmões assim que as palavras chegaram aos meus ouvidos. Louis estava parado a minha frente, com uma expressão que eu nunca havia visto antes, ele parecia envergonhado e inseguro, porém eu ainda via a segurança e a solidez em seus traços, assim como só agra conseguia ver a rosa vermelha em sua mão direita. Eu não conseguia acreditar naquilo, não! Eu devo estar enlouquecendo, ele não faria isso, não o Louis!
Louis Tomlinson não consegue ser amável por mais de dez minutos, durante anos ele não conseguiu me dizer um "eu te amo" sem estar carregado do tom de deboche e ironia. Ele não faria algo como aquilo, ele não escreveria palavras como aquelas e o meu coração tinha que entender isso, tinha que parar de acelerar, eu tinha que me acalmar antes que desmaiasse.
-Me desculpe esperar tanto para dizer a verdade, mas eu só estava... com muito medo. -Ele disse desviando o olhar e parecendo tomar coragem, junto com um punhado de ar, antes de voltar a me encarar e soltar tudo de uma vez sobre mim, como uma bomba- Eu sei que não escolhi falar isso da forma mais bonita ou mais fácil, sei muito bem, mas eu não achava coragem para dizer tudo, então eu estava vendo um filme e pensando no seu sorriso, quando tive a idéia e disse a mim mesmo "isso é perfeito"! Planejei me declarar totalmente para depois mostrar quem era, só que você não demonstrou nada. Achei que você não estava gostando e até pensei em desistir e parar com tudo, mas como? Eu não conseguia falar na sua frente e as cartas eram a única forma, eu estava sufocando bem na sua frente e você não notava. -Ele deu mais um passo na minha direção, mas eu recuei- Me desculpa (SeuNome), sério! Eu não queria que isso acontecesse, mas... você é tão perfeita. -Uma lágrima desceu por seu rosto e ele logo a secou- Droga! Como eu sou idiota.
-Louis... -Ele me interrompeu.
-Não, tudo bem! -Ele fez um sinal com a mão para que eu me calasse, no entanto meus olhos só acompanhavam a rosa vermelha em seus dedos- Não é como se eu fosse chorar e fazer chantagem emocional para conseguir que você retribua, desculpa. -Ele secava as lágrimas, porém parecia que elas se duplicavam e as minhas começavam a descer também- Eu não queria te fazer chorar, eu só queria que você soubesse que desde a quinta série eu estou te esperando da forma mais patética possível e eu pensei que você pudesse sentir o mesmo, até beijei a Hannah na sua frente para ver se você faria algo, só que você não fez nada e eu sei o que isso quer dizer e não te culpo. Eu juro que tentei falar isso de tantas formas... eu... eu nunca consegui? Eu nunca cheguei nem perto do seu coração? Por que eu tentei tanto. -Ele fungou e suspirou, enrugando o nariz, como uma maneira já conhecida por mim para segurar o choro.- Bem, eu só estou falando isso hoje porque semana que vem eu vou para Londres. Não ia conseguir aguentar mais nenhum dia sabendo que você me via das duas piores formas que poderia ver. Como o melhor amigo e como um covarde.
-Você vai embora? -Soltei ainda sem acreditar. Ele não poderia me abandonar.
-Vou ir atrás do meu sonho sweetheart. -Ele sorriu com os olhos fazendo um contraste perfeito, tristes como eu nunca havia os visto- Essa noite é só para que eu possa dizer que desde a primeira vez, até hoje... eu sempre te amei (SeuNome).
Ele se virou e começou a caminhar na direção de seu carro, que agora eu havia notado entre os muitos que estavam ali. Por alguns segundos meu corpo estava paralisado e nada estava fazendo sentido. Eu estava vendo o homem da minha vida me dar as costas, depois de dizer que me ama, para ir embora para longe de mim, acreditando que eu nunca retribui o seu sentimento. Jamais me perdoaria se o deixasse ir embora, nunca dormiria em paz sabendo que assisti o meu único amor me abandonar sem fazer nada.
-LOUIS! -Gritei tentando chamar a sua atenção, mas ele já estava um tanto longe, quase chegando a seu carro, então não pensei duas vezes antes de tirar os saltos com os próprios pés, deixa-los para trás e correr o mais rápido que podia, descalça no asfalto gélido do estacionamento da escola que assistiu todo esse amor que nutri durante todos esses anos- LOUIS! LOUIS! -Ele olhou para trás e pareceu surpreso de verdade ao me ver já tão perto.- Lou. -Parei a sua frente e senti as palavras sumindo de minha mente, como se o seu olhar tivesse esse efeito direto em mim- Eu te amo Louis, eu te amo.
Sem deixa-lo dizer algo ou ter reação eu simplesmente me lancei em seus braços e colei nossos lábios com todo o amor que estava preso em meu peito, quase como se eu pudesse sentir tudo aquilo transbordando e nos afogando juntamente com algum sentimento que Louis pareca liberar também. Era quase como se um estivesse dando de uma vez para o outro tudo aquilo e por um momento tive medo de não ser forte o suficiente para aguentar aquele sentimento.
-Ôh, meu amor. -Louis murmurava me mantendo colada ao seu corpo, com os braços fortes me segurando e me esquentando daquela forma típica dele- Eu não credito nisso, eu não acredito mesmo.
-Eu te amo. -Disse mais uma vez enquanto distribuía selinhos em seus lábios tão macios e suaves- Eu também sempre quis te dizer isso. -Falei sentindo seus lábios roçando nos meus- Achei que você gostasse da Hannah, que nunca olharia para mim e por isso nunca disse nada. Me perdoa Lou.
-Só perdoo se você aceitar as minhas condições. -Ele se afastou minimamente e me olhou daquele modo divertido que eu conhecia tão bem, finalmente parecendo o meu Louis.
-Quais? -Perguntei realmente curiosa.
-Simples, primeiramente a partir desse momento você é minha, sem chances de volta, nada de outros garotos. -Ele disse e eu novamente quase gritei de alegria. Esse foi o pedido de namoro mais tosco do mundo, mas foi o do Louis e ele já sabia a resposta, mesmo se ele me xingasse agora, eu o diria sim- Bem, também exijo que aceite previamente o meu pedido de casamento.
Senti meu coração falhar uma batida e quase tive um ataque quando o vi se ajoelhar na minha frente, me dando a rosa vermelha e tirando uma caixinha também vermelha do bolço da calça e a abrindo na minha frente, mostrando o lindo par de alianças que ali estava.
-Sei que isso não é o normal, mas eu não quero pensar em ficar longe de você, não estou dizendo que temos que nos casar amanhã, só quero que aceite isso para que lembre-se que você é minha e que mais cedo ao mais tarde, eu indo ou não para Londres e fazendo ou não sucesso, um dia nós iremos nos casar e você será a mãe dos meus filhos, a mulher com quem eu dormirei durante todas as noites da minha vida, a mulher que eu quero amar para sempre. Eu só quero que você aceite isso, essa é a minha principal condição.
As lágrimas desciam livremente e mais uma vez ele havia me surpreendido. Louis, o garoto que eu julgava incapaz de demonstrar carinho, estava ajoelhado a minha frente fazendo uma declaração linda e me pedindo em casamento.
-É claro que eu aceito! -Gritei me jogando encima dele, fazendo com que caíssemos no chão com tudo, comigo por cima de dele, que gargalhava estrondosa e lindamente- Eu nunca te diria não Lou, eu te amo!
-E eu te amo mais, muito mais. A prova disso está aqui. -Ele disse colocando a aliança em meu dedo anelar, e eu logo repeti seu ato- Agora você é minha e eu posso afirmar isso sem precisar de cartas e palavras caprichadas.
-Para sempre. -Disse juntando nossos lábios novamente.
-Para todo o sempre. -Ele murmurou entre o beijo.
Obs: "T.A." = Troy Austin, dois dos nomes de batismo do Lou, "Louis Troy Austin".
-Você parece não estar muito bem. -Jordan segurou em meus braços, impedindo que eu caísse enquanto tentava manter o ritmo da dança- Quer se sentar um pouco?
-Eu estou bem. -Falei me aproximando mais de seu ouvido, para que me ouvisse melhor- Só não sou costumada com isso, sabe? Muitas pessoas juntas, isso me incomoda.
-Então vá se sentar em uma das mesas, eu vou pegar algo sem álcool para você beber. -Ele me deu um beijo na bochecha e saiu em direção ao bar improvisado onde estavam dispostas as várias bebidas diferentes.
Fui abrindo caminho entre as pessoas e cheguei a mesa onde estavam sentados Joe e Candy, sorrindo e conversando animadamente. Me sentei e fiquei conversando com eles, que faziam um casal muito legal, até que Jordan chegou com um copo de refrigerante e nós começamos uma conversa sobre música.
Tudo estava bom, eu realmente gostava de todos eles, mas não estava nada da forma certa. Na minha mente eu criava especulações sobre quem seria o garoto das cartas a todo instante e quando não era isso eu simplesmente não conseguia parar de pensar por onde Louis estaria, já que ainda não tinha o visto em canto nenhum.
-Que horas são Joe? -Perguntei meio que do nada, me martirizando ao perceber o olhar confuso de Jordan sobre mim.
-10:40 p.m. por que? -Ele ergueu as sobrancelhas- Já quer ir para a casa?
-Não, não é isso. -Sorri um pouco sem jeito- Apenas perguntei. -Dei de ombros e fingi desinteresse- Acho que vou tomar um ar galera, eu já volto.
Me levantei e sai antes que Jordan se oferecesse a ir comigo. Assim que cheguei a entrada do local senti como se já estivesse um pouco mais livre da sensação ruim que me acompanhava desde que vi o maldito beijo de Louis e Hannah. O vento gélido estava me fazendo bem e isso era mesmo estranho, mas eu não conseguia me conter e logo meus olhos estavam fechados, aproveitando a sensação.
-O que houve? -Ouvi a voz atrás de mim e me virei rápido, com os olhos um pouco arregalados- Eu sei que não sou o Louis, mas você parecia estar bem.
-Como? -Olhei confusa para ele- O que tem Louis nessa história?
-Ele está em tudo (SeuNome), em tudo na sua vida tem o Louis e você sabe disso. -Jordan suspirou já cansado- No começo eu acreditei mesmo que vocês eram só amigos, mas cara'... é óbvio que são bem mais que isso e mesmo brigados é impossível negar.
-Você está criando coisas. Eu apenas precisei tomar um ar. -Disse já irritada com o rumo da conversa. O que ele queria? Colocar a culpa em mim por não conseguir ficar feliz longe do meu melhor amigo?
-Eu só estou apontando o que você já deve saber bem! -O seu tom de voz aumentou- Não dá para tentar construir algo com alguém quando essa pessoa já tem algo construído com outra pessoa. Você o ama e eu gosto de você, não aguento te ver fingindo estar bem ou fingindo que não se importa com o olhar dele sobre nós. Prefiro te ver com ele.
-O que quer dizer com isso? -Perguntei por impulso, claro que havia entendido o que ele disse.
-Que eu estou indo para casa agora e que amanhã vou pegar meu voo para Rússia, mas desejo tudo de bom para você e para o Louis, sei que ele é um cara' legal e que ele te ama também. Espero realmente que ele consiga te fazer feliz.
-Me desculpa. -Disse um tanto sem graça, afinal ele estava agindo de uma forma linda e eu não conseguia me sentir culpada por estar possivelmente o magoando, na verdade sentia como se mais um pouco de peso que estava em minhas costas fosse retirado.
Jordan só sorriu e saiu cainhando calmamente em direção ao seu carro, entrando e acenando para mim antes de dar partida e sumir da minha vista. Sei que isso não foi correto, me sinto um tanto perdida por ter deixado ele ir assim, logo ele que foi tão gentil desde o principio. Mas não iria engana-lo mais, já não basta eu ficar me enganando.
Olhei envolta procurando um sinal divino, qualquer um em que eu confiasse o suficiente para pedir uma carona, qualquer um que e dissesse as horas. Possivelmente já passou das 11:00 p.m. e tudo foi um trote.
-Oi?
Virei-me assustada, com um grito já entalado na garganta pronto para ser solto, quando me deparei com os mais perfeitos olhos azuis, os mesmos olhos que eu poderia observar para o resto de minha vida sem jamais desejar descansar, jamais fecharia os meus olhos para os seus.
Minha mente parecia ter parado para analisar o corpo bem encaixado no terno negro, a pele mais pálida que o normal, os lábios sendo massacrados pelos dentes enquanto ele os mordia nervosamente, me fitando de um modo que ele nunca tinha feito antes. Acho que meu corpo não seguiu a minha mente e continuou a fazer movimentos aleatórios, o que me fez tropeçar no meu próprio salto e quase cair aos seus pés, porém ele foi bem mais rápido e segurou meus braços, próximo aos cotovelos, me dando sustentação e me deixando com a face a centímetros da dele.
-Peguei. -Ele disse com um sorriso calmo nos lábios, bem diferente do que ele costumava me lançar constantemente a dias atrás.
-Obrigada. -Disse me embriagando no halito de menta que saia por entre seus lábios, me desvencilhando devagar de suas mãos quentes, sentindo como se ele estivesse levando todo o calor e conforto do meu corpo junto com seus toques.
Acho que ficamos tempo demais nos encarando porque quando finalmente despertei do transe que era olha-lo nos olhos já estava em uma distância considerável de seu corpo e o único contato entre nós ainda era o olhar.
-Está esperando alguém? -Ele perguntou olhando para os lados, parecendo procurar por algum sinal de vida, no entanto estavam apenas eu e ele ali e isso era claro, o que me fez pensar que ele apenas fugia do meu olhar.
-Na verdade... -Senti as pontas de meus dedos doerem e formigarem- Não, não estou esperando ninguém.
-Ah. -Ele suspirou derrotado.- Certeza? Porque são 11:02 p.m.
Arregalei meus olhos e senti o ar me fugindo dos pulmões assim que as palavras chegaram aos meus ouvidos. Louis estava parado a minha frente, com uma expressão que eu nunca havia visto antes, ele parecia envergonhado e inseguro, porém eu ainda via a segurança e a solidez em seus traços, assim como só agra conseguia ver a rosa vermelha em sua mão direita. Eu não conseguia acreditar naquilo, não! Eu devo estar enlouquecendo, ele não faria isso, não o Louis!
Louis Tomlinson não consegue ser amável por mais de dez minutos, durante anos ele não conseguiu me dizer um "eu te amo" sem estar carregado do tom de deboche e ironia. Ele não faria algo como aquilo, ele não escreveria palavras como aquelas e o meu coração tinha que entender isso, tinha que parar de acelerar, eu tinha que me acalmar antes que desmaiasse.
-Me desculpe esperar tanto para dizer a verdade, mas eu só estava... com muito medo. -Ele disse desviando o olhar e parecendo tomar coragem, junto com um punhado de ar, antes de voltar a me encarar e soltar tudo de uma vez sobre mim, como uma bomba- Eu sei que não escolhi falar isso da forma mais bonita ou mais fácil, sei muito bem, mas eu não achava coragem para dizer tudo, então eu estava vendo um filme e pensando no seu sorriso, quando tive a idéia e disse a mim mesmo "isso é perfeito"! Planejei me declarar totalmente para depois mostrar quem era, só que você não demonstrou nada. Achei que você não estava gostando e até pensei em desistir e parar com tudo, mas como? Eu não conseguia falar na sua frente e as cartas eram a única forma, eu estava sufocando bem na sua frente e você não notava. -Ele deu mais um passo na minha direção, mas eu recuei- Me desculpa (SeuNome), sério! Eu não queria que isso acontecesse, mas... você é tão perfeita. -Uma lágrima desceu por seu rosto e ele logo a secou- Droga! Como eu sou idiota.
-Louis... -Ele me interrompeu.
-Não, tudo bem! -Ele fez um sinal com a mão para que eu me calasse, no entanto meus olhos só acompanhavam a rosa vermelha em seus dedos- Não é como se eu fosse chorar e fazer chantagem emocional para conseguir que você retribua, desculpa. -Ele secava as lágrimas, porém parecia que elas se duplicavam e as minhas começavam a descer também- Eu não queria te fazer chorar, eu só queria que você soubesse que desde a quinta série eu estou te esperando da forma mais patética possível e eu pensei que você pudesse sentir o mesmo, até beijei a Hannah na sua frente para ver se você faria algo, só que você não fez nada e eu sei o que isso quer dizer e não te culpo. Eu juro que tentei falar isso de tantas formas... eu... eu nunca consegui? Eu nunca cheguei nem perto do seu coração? Por que eu tentei tanto. -Ele fungou e suspirou, enrugando o nariz, como uma maneira já conhecida por mim para segurar o choro.- Bem, eu só estou falando isso hoje porque semana que vem eu vou para Londres. Não ia conseguir aguentar mais nenhum dia sabendo que você me via das duas piores formas que poderia ver. Como o melhor amigo e como um covarde.
-Você vai embora? -Soltei ainda sem acreditar. Ele não poderia me abandonar.
-Vou ir atrás do meu sonho sweetheart. -Ele sorriu com os olhos fazendo um contraste perfeito, tristes como eu nunca havia os visto- Essa noite é só para que eu possa dizer que desde a primeira vez, até hoje... eu sempre te amei (SeuNome).
Ele se virou e começou a caminhar na direção de seu carro, que agora eu havia notado entre os muitos que estavam ali. Por alguns segundos meu corpo estava paralisado e nada estava fazendo sentido. Eu estava vendo o homem da minha vida me dar as costas, depois de dizer que me ama, para ir embora para longe de mim, acreditando que eu nunca retribui o seu sentimento. Jamais me perdoaria se o deixasse ir embora, nunca dormiria em paz sabendo que assisti o meu único amor me abandonar sem fazer nada.
-LOUIS! -Gritei tentando chamar a sua atenção, mas ele já estava um tanto longe, quase chegando a seu carro, então não pensei duas vezes antes de tirar os saltos com os próprios pés, deixa-los para trás e correr o mais rápido que podia, descalça no asfalto gélido do estacionamento da escola que assistiu todo esse amor que nutri durante todos esses anos- LOUIS! LOUIS! -Ele olhou para trás e pareceu surpreso de verdade ao me ver já tão perto.- Lou. -Parei a sua frente e senti as palavras sumindo de minha mente, como se o seu olhar tivesse esse efeito direto em mim- Eu te amo Louis, eu te amo.
Sem deixa-lo dizer algo ou ter reação eu simplesmente me lancei em seus braços e colei nossos lábios com todo o amor que estava preso em meu peito, quase como se eu pudesse sentir tudo aquilo transbordando e nos afogando juntamente com algum sentimento que Louis pareca liberar também. Era quase como se um estivesse dando de uma vez para o outro tudo aquilo e por um momento tive medo de não ser forte o suficiente para aguentar aquele sentimento.
-Ôh, meu amor. -Louis murmurava me mantendo colada ao seu corpo, com os braços fortes me segurando e me esquentando daquela forma típica dele- Eu não credito nisso, eu não acredito mesmo.
-Eu te amo. -Disse mais uma vez enquanto distribuía selinhos em seus lábios tão macios e suaves- Eu também sempre quis te dizer isso. -Falei sentindo seus lábios roçando nos meus- Achei que você gostasse da Hannah, que nunca olharia para mim e por isso nunca disse nada. Me perdoa Lou.
-Só perdoo se você aceitar as minhas condições. -Ele se afastou minimamente e me olhou daquele modo divertido que eu conhecia tão bem, finalmente parecendo o meu Louis.
-Quais? -Perguntei realmente curiosa.
-Simples, primeiramente a partir desse momento você é minha, sem chances de volta, nada de outros garotos. -Ele disse e eu novamente quase gritei de alegria. Esse foi o pedido de namoro mais tosco do mundo, mas foi o do Louis e ele já sabia a resposta, mesmo se ele me xingasse agora, eu o diria sim- Bem, também exijo que aceite previamente o meu pedido de casamento.
Senti meu coração falhar uma batida e quase tive um ataque quando o vi se ajoelhar na minha frente, me dando a rosa vermelha e tirando uma caixinha também vermelha do bolço da calça e a abrindo na minha frente, mostrando o lindo par de alianças que ali estava.
-Sei que isso não é o normal, mas eu não quero pensar em ficar longe de você, não estou dizendo que temos que nos casar amanhã, só quero que aceite isso para que lembre-se que você é minha e que mais cedo ao mais tarde, eu indo ou não para Londres e fazendo ou não sucesso, um dia nós iremos nos casar e você será a mãe dos meus filhos, a mulher com quem eu dormirei durante todas as noites da minha vida, a mulher que eu quero amar para sempre. Eu só quero que você aceite isso, essa é a minha principal condição.
As lágrimas desciam livremente e mais uma vez ele havia me surpreendido. Louis, o garoto que eu julgava incapaz de demonstrar carinho, estava ajoelhado a minha frente fazendo uma declaração linda e me pedindo em casamento.
-É claro que eu aceito! -Gritei me jogando encima dele, fazendo com que caíssemos no chão com tudo, comigo por cima de dele, que gargalhava estrondosa e lindamente- Eu nunca te diria não Lou, eu te amo!
-E eu te amo mais, muito mais. A prova disso está aqui. -Ele disse colocando a aliança em meu dedo anelar, e eu logo repeti seu ato- Agora você é minha e eu posso afirmar isso sem precisar de cartas e palavras caprichadas.
-Para sempre. -Disse juntando nossos lábios novamente.
-Para todo o sempre. -Ele murmurou entre o beijo.
THE END!
Obs: "T.A." = Troy Austin, dois dos nomes de batismo do Lou, "Louis Troy Austin".
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