domingo, 8 de março de 2015

#Imagine1D com Zayn Malik

Hey' Guys'!
Mais uma "song fic", ou seja lá como chamam isso! kkkk' 
Essa one shot é inspirada em "Avalanche", do Nick Jonas e Demi Lovato, então seria legal lerem ouvindo a música para entrar no clima. 
Espero que gostem, boa leitura! Xx.


POV Zayn Malik

"Words like a loaded gun
Palavras como uma arma carregada
Shot out from a fire tongue
Atirando de uma língua de fogo
Love lost from a fight that was won
Amor perdido de uma guerra que já estava vencida
And I can see you breaking down
E eu posso ver você desmoronando
The end to a falling out
É o fim de uma queda"

   -FODA-SE ZAYN, FODA-SE A SUA FORÇA DE VONTADE, FODA-SE AS SUAS TENTATIVAS, FODA-SE TUDO! -(SeuNome) continuava a gritar enquanto apontava o dedo indicador para meu rosto e vinha a passos lentos em minha direção- DO QUE ADIANTA AS SUAS TENTATIVAS SE VOCÊ SEMPRE DESISTE NO PRIMEIRO OBSTÁCULO!? VOCÊ É FRACO MALIK, UM FRACASSADO!
   -Jura (SeuNome)? -Ergui as sobrancelhas em um típico sinal de deboche, encarando os olhos que antes que olhavam com ternura e carinho, mas que agora parecem me lançar raios fulminantes a todos os instantes- Pelo menos não sou eu quem vivo as custas de outra pessoa! EU que trabalho para sustentar o meu vício, EU que trabalho para sustentar VOCÊ!
   Tudo bem, foi jogo sujo, eu sei. Desde que nos casamos eu movi céus e terra para deixa-la em casa, foi um duro convence-la de que seria melhor largar a redação e a carreira, tivemos grandes brigas por isso, porém ela aceitou largar tudo por mim e pela nossa família. Não deveria ter dito aquilo, mas minha boca era como uma arma carregada, lançando palavras que eu não queria verdadeiramente dizer. E ela não estava atrás, dizendo tudo o que sabia que poderia me ferir, eu via em seus olhos como ela sabia o que estava fazendo, como estava irada, além de sentir suas palavras me queimando como fogo.
   -Eu vou fingir que não ouvi isso. -Ela parecia tentar convencer a si mesma, fechando os olhos e respirando fundo, logo os abrindo para fixa-los em mim com determinação. Já tão perto de meu corpo que eu podia sentir seu perfume se alastrando pelo ar, querendo me dominar, tomar conta da minha mente- Eu não ligo para os seus cigarros, não ligo para a sua arrogância, também não estou nem ai para as vadias que você come nas turnês, sabe por que? Porque EU NÃO TE AMO MAIS! -Ela berrou no meu rosto, me deixando estático, sem reação, sem ar, sem chão- EU SÓ NÃO VOU ACEITAR QUE VOCÊ ACABE COM A MINHA REPUTAÇÃO, NÃO VOU ACEITAR QUE USE ESSAS MERDAS NA MINHA CASA, EU NUNCA VOU ACEITAR TER UM DROGADO IMUNDO COMO MARIDO!
   Eu vi em seus olhos que aquilo era verdade, vi todo o nosso amor sumindo diante de mim. Aquele foi o momento em que eu ouvi da boca da mulher que eu amo que ela não sente mais o mesmo, que não me quer mais, que sente vergonha de mim. Não pensei que algum dia iria ouvir aquilo e saber que se tratava de algo real, jamais imaginaria que todo o amor de (SeuNome) poderia acabar. Mesmo com as minhas traições, com as bebedeiras, com os cigarro e drogas... isso não poderia estar acontecendo.
   E eu juro que não queria fazer aquilo, só agi sem pensar, agi como o idiota que ela dizia que eu iria me tornar se continuasse a usar a maldita maconha. (SeuNome) estava jogada aos meus pés, soluçando de tanto chorar, tentando gritar, com as mãos cobrindo o rosto enquanto tudo o que eu fazia era dar mais e mais socos onde alcançasse, sentindo como se algo tivesse possuído o meu corpo, como se eu fosse incapaz de parar por mais que quisesse. E eu queria!
   Quando finalmente me afastei que vi o que havia feito. Ela estava encolhida, tentando conter o sangue que descia pelo nariz, mas todo o seu rosto parecia que sangraria a qualquer segundo. Ela estava coberta por manchas roxas e chorava aos gritos, dizendo coisas que eu não estava entendendo. A única coisa que consegui absorver no meu estado de choque foi um "Eu te odeio!". E eu não fui forte o suficiente para ouvir isso, para vê-la desmoronando na minha frente. 
   Eu a deixei jogada no chão e ferida, corri para fora, peguei o carro na garagem e simplesmente fugi. Não sabia para onde ir, o que fazer, o que falar para concertar aquilo, apenas sabia que não estava mais caindo, o nosso casamento não estava acadando. Tudo já acabou, aquele era o fim da queda, o fundo do poço. 

"I got pride, you can't hold your breath
Eu tenho orgulho, você não consegue prender sua respiração
We'll crash down like an avalanche
Nós vamos desmoronar como uma avalanche
Look out now, don't take one more step
Cuidado agora, não dê mais nenhum passo
We'll crash down like an avalanche, avalanche
Nós vamos desmoronar como uma avalanche, avalanche"

- No dia seguinte...

   Entrei em casa e me deparei com o silêncio e o vazio. Ninguém estava na sala ou na cozinha, os corredores pareciam vazios e os quartos quietos demais, mas só de notar a fumaça fraca saindo da xícara com chá sobre a mesa de centro na sala eu já sabia que (SeuNome) estava em casa sim.
   Deixei a jaqueta encima de uma das poltronas de couro preto e suspirei cansado ao maginar o que ela falaria quando pegasse a mesma e sentisse o cheiro não só de perfume feminino barato como o de todas as drogas que eu usei durante toda a noite.   
   Eu não deveria ter feito aquilo, ter batido nela e passado a noite fora como se nada houvesse acontecido. Eu estava me comportando como um merda, sabia que (SeuNome) não perdoaria aquilo, estava pronto para ouvi-la gritar comigo durante o mês todo e sabia que merecia aquilo. Se fosse em outros tempos eu teria passado a noite implorando o seu perdão, cuidando dos macucados que eu mesmo fiz, porém agora eu não me sinto homem para isso. Meu orgulho me impede de ajuda-la a aguentar tudo isso, me impede de concertar as coisas.
   Ouvi o ruido nas escadas e me virei para vê-la já nos últimos degraus, com os olhos fixados em mim com um terror que me fez sentir como se uma faca estivesse sendo cravada em minha garganta. A sua respiração soava auto e desregulada, eu não conseguia ver os hematomas em seu rosto devido a maquiagem em feita, no entanto via o quanto estava machucada apenas em prestar atenção na forma como seu peito subia e descia rápido, como se estivesse frente a frente com o seu pior pesadelo. Ela poderia se esconder, mas não prender a respiração.
   Não pude manter o seu olhar, então abaixei a cabeça pela primeira vez e me martirizei por tudo aquilo. Eu não queria perde-la, queria provar que ainda era forte, que ainda poderia nos manter firme, porém estava nítido que nós desabaríamos como uma avalanche. 
   -Eu voltarei tarde da gravadora hoje. -Disse com a voz falha, tentando arrumar forças para aguentar mais das suas palavras duras e corretas.
   (SeuNome) sempre foi o lado certo de nós, sempre foi determinada e nunca aceitou algo diferente do que acreditava que era o certo. Talvez isso fosse o que mais provocasse os meus genes fortes. Mas ela não agiu como o esperado, apenas abanou a cabeça indicando que tudo bem e pegou a sua xícara entre os dedos, bebericando do chá ao que eu olhar ia até a jaqueta e parecia perder ainda mais o brilho, voltando para mim com tamanho desgosto que era quase como se ela estivesse gritando mais uma vez que me odiava, mas dessa vez ainda mais auto. 
   Dei um passo em sua direção, pronto para abraça-la forte e engolir todo o meu orgulho. Estava mais do que pronto para agir como um homem de verdade e ama-la da forma certa, reconquistar o seu amor. Entretanto (SeuNome) se afastou rápido, arregalando os olhos e parecendo entrar em estado não só de choque, mas de defesa, cravando aquela faca que estava em minha garganta ainda mais fundo, de uma forma que eu teria que tomar cuidado, pois sentia que estava morrendo agora.
   -Não dê mais nenhum passo! -Ela pediu com os ombros encolhidos, se movendo minimamente para agarrar sua bolça no sofá e logo se afastando ainda mais de mim, praticamente correndo para longe, mas com os olhos atentos a mim, como se eu fosse ataca-la.
   A última visão que tive foi a de seus olhos assustados em mim, esfregando na minha cara que eu estava perdido, não havia mais abrigo. Nós estávamos sendo soterrados pela nossa própria avalanche.

"I never wanted it to turn out this way
Eu nunca quis que isso terminasse dessa maneira
Now forever feels like yesterday
Agora o para sempre parece passado
Sorry's something that I just can't say
'Desculpe' é algo que não consigo dizer
Can you see me breaking down?
Você pode ver que estou desmoronando?
The end to a falling out
É o fim de uma queda"

   Passei a tarde preso naquela inferno de gelo, encarando as paredes brancas e pensando em como tudo foi acabar ali. 
   Ela costumava dizer que eu era o seu herói, que queria que nossos filhos tivessem o meu sorriso e o tom dos meus olhos. Lembro-me de quando ela disse que nós seriamos para sempre porque o seu amor era grande o bastante para se eternizar. Eu jamais me senti tão amado quanto naquele dia, tanto que tomei coragem e a pedi em casamento. 
   Eu nunca quis que isso acabasse dessa maneira, com ela me odiando e sentindo medo de mim, olhando agora parece que o "para sempre" ficou no passado. Eu não consigo pedir desculpas sabendo que tudo o que está nos mantendo sobre o mesmo teto é o medo que ela provavelmente está sentindo para finalmente acabar com tudo. 
   Será que ela vê que estou desmoronando também? Já posso sentir o impacto, é o fim de uma queda, da minha queda e provavelmente da dela.  

"I got pride, you can't hold your breath
Eu tenho orgulho, você não consegue prender sua respiração
(Even if we survive)
(Mesmo se sobrevivermos)
We'll crash down like an avalanche, avalanche
Nós vamos desmoronar como uma avalanche, avalanche
(Crash down, crash down)
(Desmoronar, desmoronar)
Look out now, don't take one more step
Cuidado agora, não dê mais nenhum passo
(Even if we survive)
(Mesmo se sobrevivermos)
We'll crash down like an avalanche, avalanche
Nós vamos desmoronar como uma avalanche, avalanche"

   Pude ouvir a porta se abrindo devagar porém não desviei meu olhar da parede, sabendo que era a minha esposa chegando de seja lá onde ela se escondia para afogar as magoas. Eu ainda estava encarando o mesmo ponto, ainda estava com o orgulho sufocando as palavras em minha garganta e ela ainda não conseguia prender a respiração barulhenta que atormentava minha mente.
   -Não disse que chegaria tarde? -Sua voz baixa e cuidadosa chamou a minha atenção, fazendo com que eu a olhasse de canto de olho, ainda sem me mover de fato. 
   Parecia uma evolução, mas ela ainda estava afastada e a forma que seu corpo de movia parecia me implorar que não chegasse perto. 
   -Eu não quis sair hoje. -Respondi da mesma forma, com a voz praticamente nula, já que não havia abrido a boca durante todo o dia.
   Ela concordou com a cabeça e seguiu para as escadas, sendo tão rápida e silenciosa a que eu juraria estar fugindo de mim. Quem eu queria enganar? Mesmo se sobrevivermos, nós vamos desmoronar como uma avalanche para sempre. 
   Eu poderia continuar com isso por toda a minha vida, contanto que ela estivesse comigo eu poderia mesmo fazer isso, mas não poderia deixa-la ser sufocada pela minha sujeira. Ela não merecia isso, eu tinha que fazer algo sobre isso, tinha que ser corajoso, tinha que mudar, que parar com tudo e faze-la sorrir mais uma vez. Chega de desmoronar e desmoronar. Eu devia mante-la viva mesmo que isso me matasse.  

"Oh, we'll crash down, yeah
Oh, nós vamos desmoronar, sim
Oh, like an avalanche
Oh, como uma avalanche"

   -(SeuNome)? -Chamei-a ao entrar no nosso quarto pela primeira vez em quem sabe quatro dias- Que porra é essa (SeuNome)? 
   O quarto estava exatamente como sempre, seu cheiro estava impregnado em todos os cantos, porém encima da nossa cama havia uma mala com todas as suas roupas dobradas lá dentro. Ela estava de costas para mim, deixando que eu notasse a forma como o seu corpo se encolheu ao reconhecimento a minha voz, antes dela se virar para mim e deixar que eu finalmente visse como estava o seu rosto sem a maquiagem.
   Eu preferiria ter sido cego naquele momento. A minha frente estava a mulher mais linda do mundo com o rosto inchado e coberto por todos os tons de roxo e vermelho, com o lábio inferior ferido e os olhos parecendo fundos em seu rosto pálido. E eu havia feito aquilo, desde o rosto até os braços agora descobertos, me deixando ver todo o estrago do meu vicio, me dando uma verdadeira surra, uma da qual eu jamais me esqueceria.
   -Meu amor... -Eu tentei chama-la quando vi a primeira lágrima traçar seu rosto. 
   Mas já estava tudo acabado. Aquele era o último dos sinais, a queda mais cruel, a última, estava mais uma vez acontecendo. Como um sucessão de avalanches.

"I got pride, you can't hold your breath
Eu tenho orgulho, você não consegue prender sua respiração
(Even if we survive)
(Mesmo se sobrevivermos)
We'll crash down like an avalanche, avalanche
Nós vamos desmoronar como uma avalanche, avalanche
(Crash down, crash down)
(Desmoronar, desmoronar)
Look out now, don't take one more step
Cuidado agora, não dê mais nenhum passo
(Even if we survive)
(Mesmo se sobrevivermos)
We'll crash down like an avalanche, avalanche
Nós vamos desmoronar como uma avalanche, avalanche"

   E ali estava a rainha do meu castelo, encolhida na cama ao lado da sua mala, tentando controlar a sua respiração aterrorizada que se intensificava graças ao choro alucinado e eu não conseguia encontrar as minhas palavras, então tentei me aproximar, sendo impedido mais uma vez pelo grito desesperado que veio dela.
   -NÃO DÊ MAIS UM PASSO ZAYN! -A voz forte e ao mesmo empo amedrontada cortou minha alma ao meio- NÃO CHEGA PERTO DE MIM! 
   -(SeuNome), eu... -Tentei falar algo sobre o bolo de carne crua que parecia ter ocupado minha garganta, só que ela me interrompeu novamente.
   -Eu não quero mais saber Zayn, eu não quero mais isso! -Ela se ergueu da cama em um movimento inesperado por mim- Mesmo se sobrevivermos a isso nós vamos desmoronar novamente! Eu já estou farta disso, de ter que me reconstruir enquanto você só desmorona e desmorona mais a cada dia, eu não quero ter que lutar para me manter viva ao seu lado, não quando sei você você mesmo pode me matar a qualquer momento! -Os seus dedos trêmulos fechavam a mala com presa, enquanto seus olhos ainda me vigiavam- Eu não te amo mais, vê? Eu estou com medo! Você vou longe demais, você me bateu para defender as suas noites de drogas e mulheres, você provou a mim e a si próprio que eu não posso mais ficar aqui, que eu devo ter medo e nojo de você! Eu não vou desmoronar mais uma vez, eu não vou ser levada com essa avalanche Zayn, me desculpe. 

"Oh, crash down, crash down
Oh, desmoronar, desmoronar
Oh, just like an avalanche
Oh, apenas como uma avalanche"

   - Tempos depois...

   E agora eu volto a pensar nisso, na forma que ela correu para longe naquela noite fria, como ela me abandou para continuar levando a vida que eu vinha tendo, mas mesmo assim eu não conseguia seguir em frente. 
   (SeuNome) havia se reconstruído de fato, agora eu sabia que ela estava segura, que estava longe da catástrofe e das ruínas, que nada mais a machucaria novamente, que nem mesmo eu poderia feri-la de onde estou. 
   O que mais parece louco é que o tempo todo eu achei que ela estava caindo e me levando junto, porém agora é tão claro que era o oposto. Afinal eu ainda estou desmoronando o tempo todo encima dos restos dos nossos corações, apenas como uma avalanche.   



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