sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
Who's the guilty? - Capítulo 04
Fingi não ter ouvido o que Louis disse, mas já podia sentir cada molécula do meu ser se agitando só de pensar em suas palavras. Sei que não deveria, afinal é o Tomlinson, mas o que posso fazer se tudo nele me causa reações estranhas?
Caminhei com calma pelo corredor completamente abandonado. O expediente já havia acabado para todos, porém, como sempre, eu e o Tomlinson continuamos ali, com a mesma desculpa de sempre: Revisar relatórios. Eu sinceramente gostava mais de quado essa era a nossa desculpa para uma boa foda.
-Espero não estar fazendo a maior cagada da minha vida. -Murmurei a mim mesma quando enfim consegui abrir a porta que tanto observei durante todo o dia.
Ainda duvidava de todos, não tinha como ter certeza de quem estava armando tudo aquilo e nem o que a pessoa queria com aquilo. Talvez eu esteja confiando demais em Louis, mais do que ele já mostrou merecer, no entanto o que poderia fazer? Louis estava na mesma situação que eu, não faria sentido ele estar envolvido nisso, além de tudo ele era único que me passava o minimo de confiança.
Olhei para toda a sala e pensei o quanto aquele lugar pareci diferente durante o dia. Alan era uma pessoa realmente profissional, era como se nada em sua sala lembrasse realmente a como eu julgava ser a sua personalidade, como se tudo fosse padrão demais.
"Terminou?" - A mensagem de Louis chegou me tirando de meus pensamentos.
"Quase." -Enviei em resposta.
Fui até a estante de livros que ficava atrás da mesa de Alan. A sala era rodeada por essas estantes, menos a parede onde se encontrava a porta de madeira escura, exatamente de frente para a mesa.
Mexi em alguns livros, tomando o cuidado de memorizar exatamente como eles se encontravam antes, para só então retirar dois deles e colocar ali o projeto de câmera que Louis havia me dado minutos atrás, um aparelho tão caro e limitado que eu não sabia onde ele teria achado. Me certifiquei que o livro disfarçasse totalmente a câmera, que poderia ser facilmente confundida com algum detalhe vindo da madeira.
"Pronto." - Mandei para Louis assim que liguei o aparelho.
"Estou te vendo." -Ele respondeu prontamente- "Mostre os peitos gata!" -Chegou segundos depois, fazendo com que eu revirasse os olhos e levantasse o dedo de meio em direção a câmera.
Sabendo que estava sendo observada por Louis, virei-me para uma das gavetas que faziam parte da mesa de Alan, notando que esta estava trancada.
-Nada demais. -Murmurei para mim mesma ao puxar do bolço da minha calça social um molho de chaves, cada uma numerada com o tipo de peça da qual teria utilidade. 005, avistei a que procurava, logo abrindo a gaveta e observando como estavam os papeis, para depois mexer em cada coisa. Ali não tinha nada demais, apenas algumas fichas de casos de todo o departamento, de todos os setores, mas...- Não tem nada nosso. -Falei ao notar que era verdade, não havia nada referente a mim e nem a Louis ali.- Merda! -Rosnei ao ouvir um barulho que vinha de fora- Foi você? -Perguntei para a câmera.
"Não. Sai daí rápido!" - A resposta veio por mensagem de texto quase que imediatamente.
Fechei a gaveta rapidamente e a tranquei, sabendo que tinha organizado tudo da mesma forma que achei. Olhei em volta e estava pronta para sair pela porta, mas fui pega de surpresa ao colocar a mão na maçaneta, já que vi a luz do corredor ser acesa sendo assim só virei a chave e me tranquei ali.
-E agora? -Perguntei novamente para câmera.
"Janela" - Ele respondeu novamente dentro de segundos.
-Merda de novo! -Praguejei ao ler a sua resposta- Isso tinha que ser ideia sua!
Corri para a janela que ficava na parede esquerda a porta, entre algumas estantes de livros, olhei para a sacada e vi que tinha como conseguir sair pelo parapeito, mas eu teria que ter calma. Ouvi passos se aproximando e quado dei por mim já estava me esgueirando pelo parapeito, agradecendo a Deus por já estar tarde e escuro o suficiente para que eu não fosse notada ali, já que a rua era extremamente calma naquele horário.
-Aqui. -A voz de Louis me chamou e eu pude vê-lo ao olhar para a segunda janela a minha esquerda- Vem!
Suspirei curta e segui para ele, me concentrando em não sentir medo, focado nos olhos azuis calmos que me esperavam. Assim que fui puxada por Louis para dentro da sala pude respirar aliviada, mas ainda sentia minhas pernas tremendo e o pânico de só agora ter entendido que poderia ter morrido me dominava. Acho que notando meu olhar desesperado e meu corpo rígido Louis me puxou pela mão e fez meus seios se chocarem com seu peitoral, passando uma mão sobre minha cintura e a outra entre meus cabelos, me mantendo com o rosto na curva de seu pescoço ao mesmo tempo que colocava o dele na cuva no meu.
-Juro que pensei que teria medo. -Ele sussurrou para mim, ainda com a mão direita entrelaçada nos meu cabelos, fazendo uma espécie de carinho que eu não conseguiria imaginar que ele era capaz de fazer- Já está a salvo baby', calma. -Ele me apertou mais- Prometo jamais te colocar em uma situação desas novamente, me desculpe.
Não sabia se estava em choque pela situação que passei a instantes ou pelas palavras de Louis. Ôh Lord, ele tem que parar com isso!
-Tudo bem. -Murmurei empurrando seu peito com as palmas de minhas mãos- Vamos ver o que está acontecendo.
Fui té seu notebook, que estava ao lado do meu computador, encima da mesa, e observei a imagem que estava ali. A tela era dividida em duas partes, em uma se via a imagem da sala em tempo real, que estava completamente vazia como a minutos atrás, enquanto eu estava lá, a outra metade se via alguns gráficos que variavam todo segundo, o que confundia a minha mente.
-Isso mostra a variação de sons, cada som captado relacionado com todos os outros. -Louis me explicou em forma de sussurro, tão próximo ao meu ouvido que eu podia senti sua respiração quente se chocar contra meu pescoço.
-Entendo. -Sussurrei também, imaginando como seria poder sussurrar palavras sujas para ele novamente- Quem será que está lá fora? -Perguntei tentando afastar os pensamentos que tentavam a todo custo se infiltrarem em minha mente.
-Não sei, deixe-me ver. -Ele se sentou na minha cadeira e começou a checar algo em seu computador, logo mostrando na tela o corredor em tempo real- Apenas uma faxineira, mas... Não é tarde de mais para faxina?
-Na verdade não, elas costumam limpar nesse horário mesmo. A gente que nunca percebeu. -Dei de ombros- Mas é bom mesmo não sermos vistos por aqui a essas horas.
-É. -Ele parecia pensativo demais.
-Se tem câmeras pelos corredores, por que não colocou sozinho na sala do Alan também? -Perguntei erguendo uma sobrancelha, já pronta para ter uma resposta absurda.
-Essas câmeras não são as minhas. Eu invadi o sistema de segurança do prédio e por isso tenho acesso a essas imagens. É meio que um filtro, as imagens passando pelo meu computador antes de realmente chegarem a serem gravadas, mas eles não tem câmeras nas salas dos agentes, por isso você teve que ir lá. -Ele voltou a olhar para as imagens da sala de Alan- E ninguém melhor do que você e as suas paranoias para colocar uma câmera naquela sala. Aposto que não deixou nenhum rastro.
Olhei incrédula para ele. Era isso? Custava ele admitir que as minhas "paranoias" tinham o ajudado? Claro que custa, até porque ele é Louis Tomlinson, que pergunta estupida.
-Vamos sair daqui de uma vez. -Disse seca, pegando a minha bolça sobre uma das cadeiras.
-O que houve? -Ele me olhou confuso- O que eu fiz dessa vez?
-Nada. -Destranquei a porta e vi que não tinha mais ninguém por ali, até as luzes estavam apagadas novamente- Só não quero te incomodar durante mais tempo com as minhas paranoias.
Esperei ele passar por mim e tranquei a porta, colocando a chave em minha bolça. Quando me virei par caminhar até a saída fui impedida pelo corpo de Louis parado n meio o corredor.
-Você sabe que eu não quis dizer aquilo, você entendeu errado. -Louis disse com a boca próxima ao eu rosto, graças ao corredor estreito. Eu podia até mesmo sentir seu halito fresco.
-Claro Louis, eu não consigo nem entender direito o que você fala, claro que é isso, afinal sou uma retardada e cheia de paranoias. -Disse dando um passo para longe dele e suspirando- Quer saber? Você que é um babaca arrogante e eu estou farta de você. Sai logo da frente!
Ele arregalou os olhos um pouco em uma feição surpresa pelas minhas palavas, porém logo se recompôs e estreitou os olhos azuis, com aquela típica expressão raivosa que ele fazia tão bem. Pensei que ele revidaria, como sempre, mas ele apenas deu um passo para o lado e me deixou passar. Enquanto seguia meu caminho a passadas firmes até o estacionamento só conseguia pensar no quão idiota Louis Tomlinson é. Ele é tão idiota que nem me impediu, nem veio atrás de mim! Comprovadamente eu estou apaixonada por um problema ambulante e isso não é nada bom.
- Na manhã seguinte...
-Bom dia. -Disse ao sair do elevador e me deparar com Nick por ali me esperando.
-Bom dia. -Ele respondeu e ficou calado, apenas me seguindo pelo corredor.
Estranhei isso, geralmente Nick assim que me via me bombardeava com coisas necessárias e desnecessárias, eu costumava pensar que ele não tinha um bom controle de informações, no entanto hoje ele estava calado demais. Assim que entramos em minha sala e me sentei na cadeira, tratei de observa-lo melhor e notei algo preocupante, embaixo dos olhos verdes existiam agora manchas um tanto arroxeadas, como se ele não houvesse pregado os olhos durante a noite inteira.
-Noite mal dormida? -Perguntei como quem não quer nada.
-Na verdade sim. -Ele ainda estava de pé a minha frente, quando já deveria estar sentado como de costume- Hoje ainda ninguém te procurou, só o senhor Tomlinson que pediu que você fosse a sua sala assim que possível. -Ele dizia com frieza e ... "senhor Tomlinson"? Desde quando existia um "senhor Tomlinson"? É apenas Tomlinson e olhe lá.
-Okay, obrigada. -Respondi ainda estranhando seu comportamento- Está tudo bem com você? -Perguntei sem resisti. Ele é uma criança de certa maneira, mas é uma criança que me preocupa.
-Nada que atrapalhe o trabalho, não se preocupe. -Ele disse sem variar o tom de voz e saiu da sala.
Aquilo não estava nada bem, eu podia sentir em todas as minhas células que naquela reação tinha muito mais do que o efeito da nossa conversa de ontem.
- Trinta minutos depois...
-O que você quer? -Perguntei assim que entrei na sala de Louis e o vi sozinho ali, dividindo a sua atenção entre as telas dos dois computadores a sua frente.
-Bom dia. -Ele disse com o mesmo sorrisinho cínico de sempre- Como está? Eu estou bem, obrigado por perguntar.
-Apenas diga de uma vez o que quer comigo Tomlinson. -Disse já irritada com ele.
Como um ser tão lindo pode ser tão irritante? Ao mesmo tempo que eu tinha vontade de despi-lo e tocar seu corpo quente novamente, também sentia vontade de sair daquela sala e nunca mais vê-lo ou sentir a sua presença ao meu lado. Louis era contraditoriamente exitante aos meus olhos, cada gesto ou palavra era um convite para que minha mente fizesse as mais inusitadas imagens virem a tona.
-Só queria te convidar para jantar comigo hoje a noite. -Ele sorriu daquela maneira que geralmente sorria antes de entrar em meu apartamento em algumas das nossas noites.
-Não. -Respondi dura, já me preparando para dar as costas.
-É para algo sério, preciso conversar sobre ontem e sobre uma coisa que descobri essa madrugada. -Louis disse com o tom sério, dissipando totalmente o Louis malicioso de antes. Bipolar.
-Se é assim okay. -Disse me dando por vencida. Conhecia ele suficientemente bem para saber que não desistiria.- Me encontra no final do expediente na minha sala e nós vamos juntos. Você escolhe o lugar.
-Como quiser. -Ouvi ele dizendo antes que eu fechasse a porta e voltasse para a minha sala.
-Só queria te convidar para jantar comigo hoje a noite. -Ele sorriu daquela maneira que geralmente sorria antes de entrar em meu apartamento em algumas das nossas noites.
-Não. -Respondi dura, já me preparando para dar as costas.
-É para algo sério, preciso conversar sobre ontem e sobre uma coisa que descobri essa madrugada. -Louis disse com o tom sério, dissipando totalmente o Louis malicioso de antes. Bipolar.
-Se é assim okay. -Disse me dando por vencida. Conhecia ele suficientemente bem para saber que não desistiria.- Me encontra no final do expediente na minha sala e nós vamos juntos. Você escolhe o lugar.
-Como quiser. -Ouvi ele dizendo antes que eu fechasse a porta e voltasse para a minha sala.
- Ás 19:00...
-Eu realmente tenho que ir agora. -Nick disse suspirando pesado e colocando os últimos relatórios do dia em minha mesa- Eu já passei do meu horário e estou atrasado. -Ele me olhou fixamente nos olhos e vi que os seus estavam um tanto foscos e sem nenhum brilho- Boa noite.
Eu só acenei com a cabeça e direcionei meu olhar de volta para a tela do meu celular, onde digitava uma mensagem para Louis. Durante toda a manhã, tarde e início de noite Nick me tratou com frieza e distância, como se houvesse tomando distância de uma leprosa, ou algo assim. Admito que isso me incomodou um pouco, não exatamente por ser ele, mas pela atitude. Acho que me incomodaria com algo assim vindo de qualquer um que eu tenha que conviver diariamente, seria meio impossível ser indiferente a isso.
Olhei para a porta, que Nick havia deixado aberta quando saiu, e parado no vão entre a minha sala e o corredor estava Louis, com seu habitual sorriso debochado e o cabelo um tanto assanhado pela correria do dia. Consigo imaginar cada detalhe, ele sentado em sua cadeira de couro, encarando nervosamente a tela de seu computador pessoal enquanto murmura palavrões e pragas, revirando os fios castanhos com seus dedos ligeiramente menores que o da maior parte dos homens.
-Entre. -Disse mexendo apenas os lábios, sem mostrar qualquer emoção, logo desviando o olhar para a minha mesa e checando a ordem dos objetos. Tudo okay.- Só vou colocar um casaco e já podemos ir. -Falei ao me levantar e caminhar até o cabide que ficava próximo a porta, pegando o casaco não tão grosso, na cor cinza, e colocando-o.- Vamos?
-Vamos. -Louis disse já abrindo a porta novamente e a mantendo aberta para que eu passasse.
Saímos pelo corredor e logo percebi os poucos funcionários restantes no prédio nos olharem descaradamente. O horário de serviço da maior parte dessas pessoas já acabou, porém nesse emprego quem faz o horário são as circunstancias, sendo assim não posso dizer que fui pega de surpresa pela quantidade de olhares curiosos, mas posso afirmar que é uma sensação bem mais que desconfortável a que me dá quando imagino o que todos devem pensar sobre mim, mesmo sabendo que em arte estão certos.
-Fofoqueiros. -Louis murmurou quando as portas de aço do elevador se fecharam, deixando apenas nós dois dentro do cubículo que a cada segundo parecia fica menor, quase deixando com que o perfume característico de Louis me sufocasse.- Odeio tanto isso.
-É normal. -Dei de ombros e suspirei, encostando a minha coluna em uma das paredes e sentindo como se meus ossos fossem esmagados pela pressão do ar- Agora eles acham que somos o mais novo casal do departamento, tão preocupados em foder que nem conseguimos fazer nossos trabalhos corretamente. -Revirei os olhos tentando parecer debochada, mas estava apenas afastando os pensamentos maliciosos da minha mente. A pior coisa que poderia me acontecer é ficar exitada em um elevador com Louis Tomlinson.- Eles vão demorar um pouco para nos deixar em paz. -Conclui ao notar que chegávamos ao térreo.
-Achei que só Alan tivesse essa linha de pesamento débil. -Ele disse secamente, passando pela porta assim que a mesma se abriu, ignorando o meu corpo enrijecido e sem movimento atrás de si.
"Louis é mesmo um filha da puta!", uma vozinha em minha mente gritava e eu não poderia concordar mais com isso. Como eu poderia me sentir a ponto de montar nele e gemer nome loucamente, em um primeiro momento, para depois querer mata-lo, em segundo instante? Isso não poderia ser normal!
Tentando esquecer as suas palavras, praticamente insinuando que era uma idéia ridícula ele ter qualquer coisa comigo, segui em frente caminhando para o seu carro e me sentindo revoltada ao notar que ele já havia entrado no belíssimo veículo preto, sem ao menos me esperar.
-Você é lerda. -Ele disse assim que me sentei no banco do passageiro, fechando a porta e colocando o cinto.
-E você é um mentecapto, mas não estamos aqui para jogar nossos defeitos um na cara do outro. -Revidei fazendo com que ele me olhasse com raiva, com as sobrancelhas um tanto erguidas.- O que você descobriu Tomlinson? Fale logo de uma vez e assim podemos poupar o tempo e o dinheiro do jantar.
Não pensei que algo parecido com aquilo fosse acontecer, imaginei que ele riria debochadamente e começasse a falar o que descobriu de tão importante para querer conversar depois do expediente, mas o que aconteceu foi que Louis virou seu tronco na minha direção, trazendo seus olhos azuis para os meus, me encarando tão sério que eu gelei por um segundo, como se só com aquele olhar ele houvesse me dado a maior repreensão de toda a minha vida. Talvez tenhamos mantido esse contato por bons segundos, talvez. Na verdade eu só conseguia pensar em como pude ser tão idiota para me apaixonar logo por ele.
-Se está com algum problema de memória eu posso te ajudar. -A sua voz sem nenhum resquício de brincadeira deixou meu corpo em alerta- Eu disse que queria conversar sobre ontem, além de contar o que descobri essa madrugada, assim como deixei claro que gostaria de fazer isso em um jantar e você concordou. Sendo assim eu falarei durante o jantar, se estiver interessada em ir, e caso não queira me acompanhar, saia de uma vez do carro.
Seu dedo apertou a trava da minha porta e eu estava livre, poderia descer e ir para casa tomar meu chá e ler algum livro que fosse de meu interesse, porém indo contra tudo o que a minha mente achava ser o melhor, meu corpo agiu.
-Ligue logo essa merda. -Rosnei ao fechar a porta novamente e desviar o meu olhar do seu.
Louis só fez o que eu havia pedido, ligando o carro e dando a partida. Sei que estou pedindo para sofrer, insistindo em ficar perto do homem que mais desejo no mundo apenas pelo prazer de me sentir na sua presença quando deveria estar correndo para longe. Mas o que poderia fazer se o amava tanto? A dor de saber que ele não se importava era quase física para mim, eu poderia sentir as suas ações descuidadas como socos em meu peito. Aquilo estava acabando comigo e ele parecia gostar.
Durante todo o caminho nós fomos calados, sem nenhum som de rádio ao fundo ou algo parecido, era apenas eu, Louis e o silêncio entre nós. Assim que chegamos ao restaurante que ele escolheu em sua mente saímos do carro e caminhamos lentamente para a entrada.
O lugar ganhou a minha atenção assim que chegamos a recepção e eu pude perceber que aquele não era qualquer restaurante. Olhei em volta e vi casais apaixonados em quase todas as mesas, a decoração vermelha e branca com iluminação a vela deixava tudo ainda mais intimo e a mão direita de Louis apoiada repentinamente em minha cintura só tornou as coisas mais confusas.
-Boa noite. -O homem vestido com um terno negro sorriu abertamente ao colocar os olhos em mim e em Louis.
-Boa noite. -Louis respondeu com um sorrio aberto e relaxado- Reserva em nome de Louis Tomlinson. -Ele disse com a voz calma, soando tão perto de meu ouvido que eu tive medo de que ele sentisse meu corpo estremecendo.
-Ôh sim, claro. -O homem alargou ainda mais o sorriso.- Me sigam.
Fizemos o que ele disse e fomos abrindo espaço por entre as mesas, até chegar a uma mais afastada, consideravelmente longe das outras, o bastante para a aluz ser diminuída e o barulho das falas poder ser ignorado facilmente. Depois de um ato inesperado de Louis, que afastou a cadeira para que eu me sentasse e se certificou de que eu me sentia confortável, e de o garçom nos deixarmos sozinhos, eu pude respirar mais calma e tentar coordenar meus pensamentos. O que ele estava fazendo comigo?
-Acho que agora podemos conversar como pessoas normais. -Ele disse pegando uma das taças sobre a mesa e bebericando a água nela- Ontem quando cheguei em casa resolvi checar meu e-mail profissional e recebi uma mensagem muito boa. -Ele me olhou por mais alguns segundos e sorriu largo- Você está olhando para o seu mais novo chefe de departamento. Começarei a partir do ano que vem.
Mas estávamos em dezembro... Minha boca se escancarou e acho que minha expressão deve ter sido épica porque, pela primeira vez em um bom tempo, ouvi a risada verdadeira e melodiosa de Louis. Aquilo era mesmo uma revelação, afinal se Louis iria comandar o departamento, então Alan estava fora da jogada. Aquilo era uma noticia ótima, porque Louis é a pura representação de um bom chefe e todos sempre soubemos que uma equipe comandada por ele poderia ter sucesso facilmente, no entanto é uma noticia triste pois Alan é uma pessoa boa, com seus defeitos gritantes, mas alguém que havia lutado muito para estar ali e todos sabíamos de como aquilo era importante para ele.
-Eu... Ôh Lord! -Levei as mãos a boca, tentando não gritar. Por mais bobo que parecesse eu ainda não conseguia ter as reações normais, tudo estava mais absurdo do que nunca.- Parabéns! -Disse quando notei que seu olhar em mim mudava de alegre para um confuso- Estou feliz por você, claro. Você mereceu isso. -Conclui tentando tirar a surpresa extrema dos meus traços faciais.
-Obrigado. -Ele me olhou e pareceu que iria falar algo, mas o garçom o interrompeu.
Depois de pedidos feitos nós voltamos ao silêncio. Eu estava mesmo contente com a novidade, isso já deixei claro, porém ainda me sentia perdida sobre várias coisas e uma delas é o fato dele ter me convidado para jantar e dar essa noticia. O que ele queria demonstrar? Jogar na minha cara que agora ele é meu chefe? Que agora ele estava realmente "um nível acima"? Baseado nas últimas ações de Louis isso era incontestavelmente possível.
-Você parece confusa. -Ele ponderou com os olhos me analisando friamente, o que me dava uma sensação de medo e prazer ao mesmo tempo- O que houve?
-Eu só não entendi por que me trouxe aqui. -Usei de minha sinceridade total, não estava afim de mascarar as minhas dúvidas- Estou mesmo feliz, mas eu iria saber junto com todos, nada disso seria necessário.
Meu rosto corou quando levantei meu olhar da taça de vinho a minha frente e o levei até o rosto de Louis, que me olhava ainda atento, mas dessa vez com o cenho franzido e com os olhos mais escuros que antes, com os lábios comprimidos um contra o outro e as sobrancelhas incrivelmente tencionadas. Achei que ele usaria mais uma de suas frases cortantes, porém o garçom o interrompeu novamente trazendo nossos pedidos, saindo do nosso campo de visão logo após ter nos servido. Eu ainda me sentia envergonhada por ter falado daquela forma, será que pareceu que eu não desejava o seu sucesso?
-Por que está fazendo isso? -Louis perguntou do nada, completamente do nada, me olhando com um misto estranho de dúvida e raiva transbordando por cada traço de seu rosto.
-O que? -O olhei tensa e já quase irritada. Mas de que porra ele está falando agora?
-Por que está tentando me deixar louco? -A raiva dominou sua voz, a deixando perto do rosnado manso que ele costumava usar durante o sexo. Ôh Lord, eu tenho que parar!- Eu estou tentando achar as suas respostas desde que começamos isso, mas você está fodendo com a minha razão! -Suas palavras rápidas e diretas me deixaram estática, tentando disseminar as informações que ele jogava encima de mim- Você me trata como um lixo, só que parece notar e se importar com cada uma das minhas ações, e o pior é quando age como se eu existisse apenas para servir de seu brinquedo sexual, me aceita quando tem vontade e quando não me xinga e ignora. Eu não sei o que você está querendo, que merda de joguinho doentio é esse, mas me fala logo as minhas chances porque eu não consigo mais tentar ser o homem que você quer.
-E o que você quer que eu faça? -Verbalizei meus pensamentos instantâneos sobre tudo o que ele falou. Estava me sentindo sem ar, com os olhos úmidos e algo parecido com um bolo de carne entalado na garganta. E tudo isso porque ele também estava bagunçando a minha mente.
-Eu só quero que você me diga o que está fazendo com os meus sentimentos! -Ele praticamente gritou, exasperado, lançando as mãos para cima da mesa e me deixando encolhida do outro lado.
-Vá a merda Louis! -Disse sentindo os meus olhos amarejados, mas eu não choraria na frente dele, não sem dizer o que estava me sufocando a tanto tempo.
-Ah, agora você me chama pelo primeiro nome? Achei que só fizesse isso enquanto está atingindo o orgasmo. -Ele debochou, rolando os olhos e dando aquele sorrisinho cínico que fazia o ar de meus pulmões sumirem.
-Pare de falar besteiras, você sabe o quanto isso é mentira! -Minha voz alta parecia falha, sendo forçada, porém notava-se de longe que era o efeito da raiva- Você não é a vítima dessa história!
-E você sabe quem eu sou? -A sua voz alta conseguiu atrair alguns olhares, mesmo que as pessoas não pudessem ouvir tudo eu sabia que podiam escutar algo vagamente, assim como sei que ele não estava se importando com os olhares, mas eu estava e muito.- Você nem sequer tenta entender quem eu sou ou o que eu sinto, talvez eu devesse ser menos idiota mesmo e colocar na minha cabeça que você só quer o meu pau, acho que é isso no final de tudo.
Sem pensar eu só levantei a minha mão e acertei seu rosto com força, deixando não só a palma de minha mão avermelhada como o desenho perfeitamente delineado dela em seu rosto também. Todos os rostos se viraram para nós, mais especificamente para mim, que estava em pé na frente do Tomlinson, com as palmas das mãos sobre a mesa e o corpo inclinado para ele, que me olhava chocado, com os olhos arregalados e a boca levemente aberta.
-Presta bem atenção no que eu vou falar e espero que entenda isso da forma certa. -Falei controlando a voz para que mais ninguém ouvisse aquilo. Diferente de Louis eu ainda tinha o meu senso- Você quem age como um comedor filho da puta, você quem disse a merda de um "eu te amo" depois de um orgasmo e que só consegue repetir essas palavras depois de me deixar a beira de um ataque de fúria! E também é você quem sempre é o sem educação, mimado e bipolar. Não venha querer fazer com que eu me sinta mal, porque eu posso sim te amar, e eu te amo muito, mas eu não sou as vadias que você pegava ou pega! Se quiser que eu seja boa com você primeiro você terá que ser ótimo comigo. -Virei-me e peguei a minha bolça, que estava pendurada na cadeira- E da próxima vez que falar comigo daquela forma, sem que isso seja alguma espécie de fetiche ou algo assim, eu acabo com a sua sanidade de uma vez por todas!
Apenas bufei de raiva e dei as costas a Louis, saindo do restaurante o mais rápido que pude, sentindo os olhares de todos me seguindo, provavelmente se perguntando o que eu disse para Louis e o porque do tapa que dei nele. Se fosse em outro dia eu me sentiria envergonhada por protagonizar aquela cena, porém meus pensamentos estavam a mil e eu não conseguia me sentir culpada por nada e muito menos me arrepender de alguma das minhas palavras.
Eu sei que sou um tanto complicada, isso é comprovado pelo fato de eu amar tanto aquele idiota, mas ele não tem o direito de colocar a culpa de tudo em mim, como se eu fosse todo o problema, como se ele não se aproveitasse sempre dos meus sentimentos para conseguir uma boa dose de sexo sujo!
-Merda, merda, merda! -Praguejei ao notar que não havia nenhum ponto de táxi próximo ao restaurante e eu não vim com o meu carro, afinal era para eu ir para casa com Louis hoje. Que ótimo.
-(SeuNome)! -Ouvi a voz raivosa e especialmente fina me chamar um pouco longe, no entanto continuei andando e ignorando aquilo até que ouço o barulho de pneus sobre a pista e viro meu rosto para encarar a cena.
Vi o carro de Louis virando bruscamente no estacionamento quase vazio do restaurante, fazendo uma curva perfeita, e avançando rapidamente em minha direção. Apressei o passo como se aquilo fosse adiantar, mas eu só queria me afastar rápido dele, sem ser obrigada a ouvir suas palavras ásperas ou sentir seu olhar frio sobre mim.
-Entra no carro. -Sua voz falha me chamou atenção, só que eu não virei para checar o porque daquilo, somente aumentei a velocidade dos passos e encarei o espaço vazio a minha frente fixamente- (SeuNome), não seja mimada, entra no carro, nós podemos conversar e resolver isso, por favor.
Meu corpo congelou onde estava, no meio de um movimento simples, parando com o pé esquerdo levemente inclinado a frente do direito. Meus olhos se arregalaram e eu não me contive, fui obrigada a olha-lo procurando o que havia de errado ali. Louis Tomlinson não pede "por favor" para ninguém, isso é uma das primeiras coisas que se tem certeza ao conhecer alguém como ele, no entanto ele havia acabado de dizer aquelas palavras e eu ainda estava descrente.
-Como? -Disse ainda incrédula, com a expressão de uma retardada, mas quem liga? Eu ainda não acreditava em suas palavras e muito menos no tom baixo e doce com qual ele as disse.
-Eu estou pedindo para que você entre no carro. -Ele suspirou antes de grudar seu olhar no meu- A idéia do restaurante foi ruim, eu deveria ter sido mais calmo e ter escolhido melhor as minha palavras, me desculpe por isso, mas já que não conseguimos jantar e eu estou te devendo uma por ter agido tão mal, nós poderíamos tentar de novo, em um lugar mais calmo.
Analisei todo o seu rosto na busca de qualquer sinal de deboche ou malicia, qualquer coisa que indicasse que ele estava armando alguma coisa para se vingar do tapa e das minhas palavras. Doía pensar nisso, é claro que doía, porém Louis vai ser para sempre Louis e isso é algo a qual eu devo me atentar sempre, antes de me deixar levar pelos seus momentos de cavalheirismo.
-Eu não pretendo usar o seu corpo essa noite Tomlinson, sendo assim é melhor você seguir em frente e esquecer tudo o que aconteceu aqui. -Respondi fria, tentando ao máximo soar como a vadia sem coração que ele me acusou de ser.
-Eu... -Ele abaixou o olhar, parecia próximo de estar envergonhado e eu poderia jurar que ele estava- Eu não penso exatamente tudo aquilo, só quando estou com muita raiva de você... Bem, nós poderíamos ir para o meu apartamento. -Ele desviou do assunto, voltando a me encarar- Juro que vai ser melhor dessa vez e depois, quando você quiser, eu te levo para casa em segurança.
Pensei em mil formas de recusar, de tentar humilhar e massacrar o ego do Tomlinson até que estivesse satisfeita com isso e pudesse visualizar a sua expressão de ódio, mas olhei a minha volta e finalmente notei a escuridão que tomava conta da rua inteira, com apenas quatro postes de luz em sua extensão. Quantos casos eu já investiguei de mulheres mortas em cenários como esse? Pois é, muitos. O meu lado cauteloso, e o apaixonado também, foi o mais forte.
-Tudo bem. -Concordei ao andar para a porta do passageiro, a abrindo e fechando assim que já estava com o cinto de segurança.
-Você gosta de algum tipo de filme em especial? -Ele perguntou do nada, cortando o silêncio profundo que dominava o ambiente.
-Gosto de comédias românticas, ação com romance, drama com romance... -Fui contando e sentindo minhas bochechas esquentarem estranhamente ao notar que ele me olhava pelo canto do olho, com um sorriso mínimo em seus lábios finos.- Okay, o que foi?
-Nada, eu só imaginei outra resposta. -Louis deu de ombros, parecendo concentrado no caminho que fazia- Mas para a sua sorte eu tenho uma longa coleção de DVDs e com certeza tem algo que se encaixe em algum desses gêneros. -Ele continuou calmo, porém quando notou meu olhar confuso sobre seu rosto tratou de me olhar rapidamente, parecendo um pouco perdido e se calou por algum tempo, até retornar a falar- Bem, eu apenas estava pensando que poderíamos assistir um filme enquanto comemos, só que tudo bem se não quiser.
-Tudo bem, eu não me importo desde que tenha pizza envolvido nisso. -Respondi ao virar meu rosto corado para a janela.
Estava me sentindo mais complicada que o normal, simplesmente não conseguia me acostumar com Louis sendo daquela forma por tanto tempo sem nenhuma mudança repentina de humor. Era estranho e bom, eu não estava entendendo nada, mas ao ouvir seu riso baixo eu percebi que estava tudo bem e que no fundo ele ainda era o Louis irritantemente encantador.
- Duas horas e meia depois...
-Finalmente! -Disse assim que Charlie e Sophie se beijaram do final do filme- Quem deixaria um homem desse escapar por causa de um desequilibrado que diz querer ser um rato para viver em meio aos queijos? -Murmurei para mim mesmo com um tanto de indignação, vendo Louis gargalhar a minha frente.
Era sempre assim quando eu assistia "Cartas para Julieta", sempre acabava externizando a minha inveja na atris principal por ter encontrado o cara' perfeito. Na verdade eu sentia inveja por seu personagem ter conseguido fazer um homem tão duro e aparentemente seco se tornar um Romeu, enquanto eu ainda lutava para manter a educação de Louis ativa.
-Okay, assistir filmes com você é como participar de um seriado norte-americano. E você é a patricinha fútil e engraçada. -Tomlinson disse se levantando do seu lugar no sofá e pegando os pratos e os copos que usamos, indo em direção a cozinha- Esse é um lado seu que eu não achei que existiria.
Peguei a caixa de pizza vazia e abandonada sobre a mesa de centro da sala de Louis e fui caminhando para a cozinha, repetindo o seu caminho e pensando sobre tudo o que aconteceu desde que chegamos em seu condomínio. Louis estava sendo completamente normal, ele não era tão irônico e venenoso como sempre, mas também não estava forçando simpatia, ele apenas estava sendo o tipo de cara' que eu achava que ele seria fora do departamento.
Era tudo como uma grande descoberta, eu nunca havia estado em seu apartamento com as luzes acesas, nunca pude analisar a decoração ou o ambiente, já que a única vez que pisei ali foi para uma noite de sexo da qual eu fugi durante a madrugada. O engraçado era que cada canto, em cada comodo que eu pude observar, revelava um pouco da personalidade cheia de entrelinhas de Louis. Sua cozinha era impessoal, compacta e minimalista, entretanto sua sala era aconchegante, bagunçada e cheia de fotos suas com seus familiares. Isso era confuso, mas adorável aos meus olhos.
-Eu posso lavar. -Disse me referindo as poucas louças que ele colocava na pia.
-Não se preocupe com isso, eu limpo mais tarde. -Louis deu de ombros como se não ligasse para aquilo e sorriu para mim- Isso compensou a catástrofe no restaurante? -Ele perguntou ficando de frente para mim, com o quadril apoiado na pia de mármore preto.
-Foi menos aterrorizante do que eu imaginava, admito, mas não é como se eu já tivesse esquecido tudo. -Confessei desviando o meu olhar para que ele não percebesse o quão magoada eu estou em relação a tudo. Não queria que ele achasse que conseguiria me colocar para baixo com suas palavras, mesmo que isso fosse fato.
-Aquilo tudo não era verdade (SeuNome), eu já expliquei. -Ele suspirou frustrado- Era só o que eu queria que fosse a verdade, preferiria que você estivesse mesmo se aproveitando de mim, porque pelo menos ainda seria eu e você juntos, mas nem isso vem acontecendo. -Os olhos azuis laçaram os meus e me mantiveram presa ali, estática a sua frente, ouvindo cada palavra saindo docemente por seus lábios róseos e tão desejáveis- Eu venho tentando te dar espaço desde que Evan foi preso, tento não interferir na sua vida e te deixar em paz, só que eu não consigo fazer isso depois de ter confessado que te amo e você não ter acreditado. Eu ainda quero te levar para todos os cantos escuros que conheço e te fazer gemer o meu nome alto, desejo voltar a te ver com marcas no pescoço e saber que são as minhas marcas ali.
-Por isso que eu não acredito no seu amor Louis. -Murmurei com desgosto- Você quer apenas sexo, não eu, mas sim você quem é o manipulador dessa história.
-Você não entende mesmo? -Ele revirou os olhos em um tom de revolta- Eu disse apenas o que eu desejo, não o que eu preciso.
-Ainda estou aqui, pode me contar do que você precisa. -Dei um passo a frente, ficando somente alguns centímetros afastada dele.
-Eu preciso de uma mulher forte o suficiente para passar a noite comigo na cama ou no escritório, preciso de uma mulher que me faça perder o controle tanto do meu corpo quanto do meu coração, preciso de alguém em que eu consiga confiar de olhos fechados, alguém em que eu apostaria todas as minhas fixas sem medo, em todos os sentidos. -Tomlinson levou suas mãos para minha cintura e me puxou com delicadeza para os seus braços fortes- Preciso desesperadamente de uma mulher que faça tudo isso comigo sem esforços, apenas sendo arrogante e chata na maior parte do tempo. E eu não ligo se ela me bater, gritar ou me xingar, contanto que eu tenha ela todas as noites dormindo com o corpo nu ao lado do meu. -Os lábios doces roçando nos meus me tiraram a sanidade, porém eu consegui entender a última parte muito bem- Eu preciso tanto de você babe'.
Meu corpo todo queimou com suas palavras, fazendo com que eu quase revirasse os olhos em deleite a todas aquelas sensações das quais eu já não me imaginava sem. Eu deveria repreende-lo naquele momento e tomar distância do seu calor intenso, no entanto eu não fiz isso.
Sem conseguir esperar por mais um de seus movimentos calculados eu levei minhas mãos aos seus biceps, agarrando a região entre meus dedos e o mantendo ainda mais grudado a mim enquanto minha boca avançava contra a sua e nossos lábios se uniam em um beijo que reunia todos os sentimentos que poderiam levar alguém a cometer uma grande burrada: desejo, necessidade, raiva, paixão e muito amor.
Eu iria cometer mais uma das minhas grandes burradas, mas não estava realmente ligando para isso. Eu precisava de Louis naquele momento e as suas mãos apertando minha bunda e me pressionando em seu pau davam a entender que ele sentia o mesmo, ou fingia muito bem.
-Eu posso lavar. -Disse me referindo as poucas louças que ele colocava na pia.
-Não se preocupe com isso, eu limpo mais tarde. -Louis deu de ombros como se não ligasse para aquilo e sorriu para mim- Isso compensou a catástrofe no restaurante? -Ele perguntou ficando de frente para mim, com o quadril apoiado na pia de mármore preto.
-Foi menos aterrorizante do que eu imaginava, admito, mas não é como se eu já tivesse esquecido tudo. -Confessei desviando o meu olhar para que ele não percebesse o quão magoada eu estou em relação a tudo. Não queria que ele achasse que conseguiria me colocar para baixo com suas palavras, mesmo que isso fosse fato.
-Aquilo tudo não era verdade (SeuNome), eu já expliquei. -Ele suspirou frustrado- Era só o que eu queria que fosse a verdade, preferiria que você estivesse mesmo se aproveitando de mim, porque pelo menos ainda seria eu e você juntos, mas nem isso vem acontecendo. -Os olhos azuis laçaram os meus e me mantiveram presa ali, estática a sua frente, ouvindo cada palavra saindo docemente por seus lábios róseos e tão desejáveis- Eu venho tentando te dar espaço desde que Evan foi preso, tento não interferir na sua vida e te deixar em paz, só que eu não consigo fazer isso depois de ter confessado que te amo e você não ter acreditado. Eu ainda quero te levar para todos os cantos escuros que conheço e te fazer gemer o meu nome alto, desejo voltar a te ver com marcas no pescoço e saber que são as minhas marcas ali.
-Por isso que eu não acredito no seu amor Louis. -Murmurei com desgosto- Você quer apenas sexo, não eu, mas sim você quem é o manipulador dessa história.
-Você não entende mesmo? -Ele revirou os olhos em um tom de revolta- Eu disse apenas o que eu desejo, não o que eu preciso.
-Ainda estou aqui, pode me contar do que você precisa. -Dei um passo a frente, ficando somente alguns centímetros afastada dele.
-Eu preciso de uma mulher forte o suficiente para passar a noite comigo na cama ou no escritório, preciso de uma mulher que me faça perder o controle tanto do meu corpo quanto do meu coração, preciso de alguém em que eu consiga confiar de olhos fechados, alguém em que eu apostaria todas as minhas fixas sem medo, em todos os sentidos. -Tomlinson levou suas mãos para minha cintura e me puxou com delicadeza para os seus braços fortes- Preciso desesperadamente de uma mulher que faça tudo isso comigo sem esforços, apenas sendo arrogante e chata na maior parte do tempo. E eu não ligo se ela me bater, gritar ou me xingar, contanto que eu tenha ela todas as noites dormindo com o corpo nu ao lado do meu. -Os lábios doces roçando nos meus me tiraram a sanidade, porém eu consegui entender a última parte muito bem- Eu preciso tanto de você babe'.
Meu corpo todo queimou com suas palavras, fazendo com que eu quase revirasse os olhos em deleite a todas aquelas sensações das quais eu já não me imaginava sem. Eu deveria repreende-lo naquele momento e tomar distância do seu calor intenso, no entanto eu não fiz isso.
Sem conseguir esperar por mais um de seus movimentos calculados eu levei minhas mãos aos seus biceps, agarrando a região entre meus dedos e o mantendo ainda mais grudado a mim enquanto minha boca avançava contra a sua e nossos lábios se uniam em um beijo que reunia todos os sentimentos que poderiam levar alguém a cometer uma grande burrada: desejo, necessidade, raiva, paixão e muito amor.
Eu iria cometer mais uma das minhas grandes burradas, mas não estava realmente ligando para isso. Eu precisava de Louis naquele momento e as suas mãos apertando minha bunda e me pressionando em seu pau davam a entender que ele sentia o mesmo, ou fingia muito bem.
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Hey' lads'!
Esse foi um grande capítulo! hahaha'
Espero que gostem, comentem e que estejam prontos para o último capítulo.
Talvez eu demore um pouco para posta-lo, como sempre, mas vou lutar contra isso.
Fiquem com Deus, até a próxima pessoal! Xx.
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